A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), anunciou que o novo decreto de medidas de combate à Covid-19 vai autorizar a venda de bebidas alcóolicas em bares e restaurantes e que manterá o toque de recolher apenas noturno, das 22h às 5h - e não mais o integral em domingos e feriados.
O novo decreto será publicado nesta
terça-feira (11) e valerá pelos próximos 14 dias. Segundo a gestora, nele
também serão ampliadas as atividades escolares e
será permitido a prática de esportes coletivos, assim
como a liberação para funcionamento de parques. As atividades
religiosas também serão ampliadas.
Segundo confirmou a assessoria do
governo do RN à Inter TV Cabugi, em relação às
escolas estará autorizado o ensino híbrido para a rede privada e estadual, com
aulas presenciais ou remotas - a depender dos pais. A exceção é para alunos do
8º e 9º ano do ensino fundamental e para estudantes do 1º ano do ensino médio
que, segundo o decreto, vão continuar apenas com ensino remoto.
A situação da rede estadual, no
entanto, segue indefinida neste momento, já que a questão está na Justiça.
Recentemente, o Supremo Tribunal Federal
(STF) anulou uma decisão da Justiça do RN que determinava o retorno imediato das
aulas presenciais no estado. O governo do RN, portanto, precisou revogar a autorização.
A ação no STF foi protocolada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do
RN (Sinte/RN).
Segundo o vice-governador do estado,
Antenor Roberto, há "um esforço para a construção de um plano de retomada
das atividades da rede pública estadual, considerando as condições
epidemiológicas e a luta para a data de vacinação dos professores e
trabalhadores na rede de educação". Segundo ele, há uma audiência de
conciliação marcada para avançar na volta às aulas da rede estadual.
Já os bares também estão liberados a
ter música ao vivo, assim como o consumo de bebidas alcóolicas será autorizado
em hotéis e pousadas para clientes.
"É um retorno gradual. Vai ter
que manter o distanciamento, a redução do número de mesas, todos esses
protocolos vão ter que ser observados. Os protocolos seguem definidos. O grande
apelo que nós fazemos é que a população não pode interpretar essas medidas como
uma liberação, como se a doença tivesse ido embora. Muito pelo contrário, a
doença está ainda de forma a nos assustar, a impactar e pressionar a rede de
assistência", explicou o vice-governador Antenor Roberto à Inter
TV Cabugi.
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