Em live com representantes do Ministério Público em junho do ano passado, Mayra Pinheiro falou que não distribuir cloroquina para enfrentamento da Covid seria omissão de socorro e crime contra a humanidade. Os procuradores resistiam à inclusão do medicamento no protocolo de tratamento.
“Muitos de nós, médicos, serão (sic) julgados daqui a algum tempo por inação, por omissão de socorro, como crime contra a humanidade. E o que nós vamos fazer é possibilitar que esses profissionais que queiram usem seu livre arbítrio e usem o direito que foi orientado e conferido pelo CFM (Conselho Federal de Medicina), para oferecer à população um direito”, disse.
Naquele momento, informa Malu Gaspar no Globo, procuradores de São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Sergipe tinham pedido ao TCU que impedisse o uso de cloroquina em pacientes com coronavírus.
Mayra, que depõe daqui a pouco na CPI da Covid, disse que a distribuição de cloroquina pelo SUS corrigiria uma desigualdade, pois apenas pacientes da rede privada tinham acesso ao medicamento.
“As redes privadas orientam o uso (da cloroquina) para todos os seus pacientes, enquanto há uma oferta inadequada de orientações e prescrições para os brasileiros mais vulneráveis no SUS. Nós vimos que nos bairros pobres morrem muito mais. Essas pessoas têm acesso ao medicamento e a um tratamento. O paciente do SUS não está tendo acesso ao medicamento.”
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