A Polícia Federal cumpre, na manhã desta quarta-feira (19), 35 mandados de busca e apreensão no âmbito da operação Akuanduba, que investiga crimes contra a Administração Pública envolvendo a suposta exportação ilegal de madeira para os Estados Unidos e a Europa.
Os alvos são servidores públicos e
empresários do ramo. Ao todo, 160 policiais federais estão nas ruas do Distrito
Federal, São Paulo e no Pará. O G1 tenta confirmar a
identidade dos investigados.
Os mandados foram autorizado pelo
ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Além das buscas, a Corte determinou o afastamento preventivo de dez
agentes públicos que ocupavam cargos e funções de confiança no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama) e no Ministério do Meio Ambiente (MMA).
A reportagem aguarda um posicionamento dos órgãos.
Além disso, o STF determinou a
suspensão imediata da aplicação de um despacho, emitido em fevereiro de 2020,
que permitiu a exportação de produtos florestais sem a necessidade de emissão
de autorizações de exportação.
"Estima-se que o referido
despacho, elaborado a pedido de empresas que tiveram cargas não licenciadas
apreendidas nos EUA e Europa, resultou na regularização de mais de 8 mil cargas
de madeira exportadas ilegalmente entre os anos de 2019 e 2020", informou
a PF.
As investigações iniciaram em
janeiro, segundo a Polícia Federal, a partir de informações "obtidas de
autoridades estrangeiras" que noticiavam um "possível desvio de
conduta de servidores públicos brasileiros no processo de exportação de
madeira".
Esta
reportagem está em atualização.
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