Vários capoeiristas
denunciam que mestres do Grupo Cordão de Ouro cometeram abusos contra crianças
e adolescentes desde a década de 1970, passando de geração para geração. Os
jovens e adolescentes recebiam promessas de viagens para eventos de capoeira,
contudo, em troca, tinham que "carimbar o passaporte" — termo usado
por eles para a relação sexual com os mestres. O grupo é um dos mais
tradicionais e tem atuação em todo o Brasil.
Desde 2020, o Ministério
Público do Estado do Ceará (MPCE) investiga lideranças do Cordão de Ouro devido
às denúncias de abusos e estupro de vulnerável — como a lei brasileira tipifica
a relação sexual com menores de 14 anos. De acordo com o órgão, cerca de dez
vítimas fizeram acusações no estado contra vários mestres. Porém, os nomes de
todos os envolvidos não foram divulgados para não comprometer as investigações.
Em nota, assinada pelo mestre
Suassuna, a Associação de Capoeira Cordão de Ouro repudiou os crimes sexuais
que teriam sido cometidos por integrantes do grupo e se colocou à disposição
das autoridades para prestar esclarecimentos. O G1 não localizou o outro mestre, nem os
advogados responsáveis pela defesa dele.
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