Por 13
votos a 10, o plenário da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, acatou
nesta quinta-feira (1), requerimento de autoria do deputado Francisco do PT,
líder do Governo do RN na Casa Legislativa, adiando por cinco sessões a
nomeação dos membros, fixação de data para reunião e eleição dos cargos de
presidente e vice-presidente e designação de relatoria da Comissão Parlamentar
de Inquérito (CPI) para fiscalizar contratos do governo do RN durante a
pandemia da Covid-19.
“Informo que teremos até cinco sessões para voltarmos a
deliberar sobre essa matéria”, disse o presidente da Assembleia Legislativa,
Ezequiel Ferreira (PSDB), ao encerrar a votação. O deputado estadual Francisco
do PT solicitou, através de requerimento oral, com base no artigo 210, inciso
1º do Regimento Interno da Assembleia Legislativa, suspensão da escolha dos
membros que irão integrar a CPI da Pandemia no âmbito da Assembleia
Legislativa.
“Estou aqui exercendo um direito regimental, que nos
garante, enquanto parlamentar, bancada e líder do Governo, que possamos nos
utilizar desse expediente”, argumentou Francisco. O pedido de Francisco do PT
foi questionado pelo deputado Getúlio Rêgo (DEM). “Estranha a movimentação do
deputado Francisco ao dizer que houve intervenção de fora para dentro na Casa.
Isso deixa claro que o Governo se preocupa com a instalação da CPI nesta Casa”,
disse Getúlio Rêgo.
Para Getúlio Rêgo, na prática, o objetivo do requerimento
do líder do governo é o adiamento dos trabalhos da Comissão Parlamentar de
Inquérito – CPI da Covid – que visa investigar os atos do Governo do Estado
durante o combate à pandemia do novo coronavírus com recursos do Governo
Federal.
O deputado José Dias (PSDB) demonstrou surpresa com o
pedido do parlamentar. “Estou há 35 anos aqui e durante todo esse tempo não
vimos nenhum Governo fazer movimento como o que a administração estadual está
fazendo, para a não instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito nesta
Casa”, frisou.
Sobre o assunto o deputado Vivaldo Costa disse que a hora é de união e não de radicalismo. “Nós precisamos de uma trégua. Nós precisamos confiar na ciência. Temos que nos unir para enfrentar a pandemia que não acabou. Temos que nos unir para enfrentar uma seca que toma conta desse Estado, mas infelizmente o que vemos é um clima de radicalismo ideológico nesta Casa”, lamentou. Ainda se pronunciaram os deputados George Soares (PL), Isolda Dantas (PT), Eudiane Macedo (Republicanos) e Kelps Lima (SDD).
Registe-se aqui com seu e-mail
ConversãoConversão EmoticonEmoticon