A CPI da Covid abriu nova linha de investigação para
apurar o pagamento de um "mensalinho" a aliados do governo Jair Bolsonaro.
O dinheiro viria do suposto recebimento de propinas por contratos firmados na
área de logística do Ministério da Saúde.
"Há indícios de
que o ex-diretor de Logística Roberto Dias operava um esquema de 'mensalinho' no
ministério para políticos da base aliada do governo Bolsonaro", disse ao
blog o vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Segundo Randolfe
Rodrigues, o esquema já funcionaria dentro do Ministério da Saúde antes mesmo
da pandemia do coronavírus, desde 2018.
"Tudo seria comandado pelo Roberto Dias, na área de
logística, de contratos para transporte de medicamentos e insumos da
Saúde", afirmou o senador.
De acordo com as informações passadas à
CPI da Covid, o esquema teria envolvimento da empresa VTCLog, que tem contrato
para operação de transportes de produtos do Ministério da Saúde. Roberto Dias e
a empresa negam qualquer irregularidade nos contratos e rebatem as acusações de
pagamento de propina.
Reportagem do site "UOL" afirma que o 'mensalinho' chegaria a R$ 300 mil por mês e seria compartilhado entre três políticos da base aliada e o ex-diretor de Logística – o valor seria um percentual dos pagamentos que a empresa receberia do Ministério da Saúde.
As informações sobre o esquema também constariam do dossiê elaborado pelo deputado Luís Cláudio Miranda (DEM-DF) e entregue por ele, no início do governo Bolsonaro, ao então ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
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