Milhares de cubanos foram às ruas neste
domingo em um protesto contra o governo e a crise socioeconômica na ilha, em
meio ao agravamento da pandemia da Covid-19 e à escassez de alimentos e
remédios. A dimensão exata das manifestações não ficou clara, mas trata-se de
algo raro no país, onde o regime de Partido Comunista único considera a
oposição organizada ilegal.
Em um pronunciamento à nação pela TV, o presidente Miguel
Díaz-Canel adotou um tom combativo. Culpando os EUA pelos protestos e pela
situação socioeconômica da ilha, ele disse que haverá uma "resposta
revolucionária" e convocou "todos os comunistas a irem às ruas"
para enfrentar as "provocações" incisivamente e com
"valentia":
— Terão que passar por cima de nossos cadáveres se querem
enfrentar a revolução. Estamos dispostos a tudo — disse o presidente, afirmando
que a "ordem de combate está dada". — Não vamos permitir que
nenhum contrarrevolucionário, mercenários vendidos ao império americano (...)
desestabilizem o país.
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