Após o corregedor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
ministro Luís Felipe Salomão, dar 15 dias para a apresentação de evidências de
fraudes nas urnas eletrônicas, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta
sexta-feira que não tem que apresentar provas “para ninguém” e que apresenta
“se quiser”.
— Não tenho que apresentar provas para ninguém. “Tem que apresentar
provas…” Apresento se eu quiser — disse Bolsonaro, em conversa com apoiadores
no Palácio da Alvorada.
Na semana passada, Salomão abriu um prazo para Bolsonaro e outras
autoridades públicas que deram declarações sobre fraudes nas urnas eletrônicas
apresentem evidências e informações que corroborem as falas.
Foi instaurado ainda, por portaria assinada pelo corregedor,
procedimento administrativo para apurar a existência ou não de elementos
concretos que possam ter comprometido as eleições de 2018 e 2020.
A portaria cita várias declarações proferidas por Bolsonaro em evento
oficial, em entrevista à imprensa e em lives ao longo do último ano. Um dos
exemplos foi a manifestação do presidente no último dia 9 de junho, durante
culto em Anápolis (GO), quando disse ter “provas materiais” de que foi eleito
em primeiro turno.
Nesta sexta, Bolsonaro disse que esta conversando com “pessoas que
entendem do assunto” para fazer uma “demonstração pública”:
— Eu pretendo, estou tentando, já fizemos contatos com as pessoas que
entendem do assunto, que são hackers, para fazer uma demonstração pública.
Lógico que a televisão não vai mostrar, vou fazer uma live.
Na mesma conversa, Bolsonaro comentou a declaração do governador do Rio
Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), de que é gay, em entrevista ao “Conversa
do Bial”, da TV Globo.
O presidente disse que Leite está “se achando o máximo” e que esse é o
“cartão de visitas” do tucano, que é pré-candidato à Presidência.
— O cara ontem…Não vou falar aqui, não, que dá problema (rindo). O cara
ontem já está achando que é o máximo. Não fala, não, tá (para apoiador). Está
se achando o máximo. Se achando o máximo. “Olha”, bateu no peito, “eu assumi”.
É o cartão de visitas para a candidatura dele. Nada contra a vida particular de
ninguém. Agora, querer impor o seu costume, seu comportamento para os outros.
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