Uma explosão e tiros foram ouvidos do lado de fora do aeroporto de Cabul, capital do Afeganistão nesta quinta-feira (26). Não há informações de vítimas nem se foi um atentado terrorista.
O porta-voz do Pentágono confirmou a
explosão, mas não deu mais detalhes sobre o que ocorreu. "Podemos
confirmar uma explosão fora do aeroporto de Cabul. As vítimas não estão claras
neste momento", afirmou John Kirby. "Forneceremos detalhes adicionais
quando pudermos".
Mais cedo, Estados Unidos, Reino Unido e Austrália alertaram para o risco de um
atentado "iminente" no local e pediram a seus
cidadãos que abandonassem imediatamente a área do aeroporto devido a uma ameaça
terrorista.
"As informações obtidas ao longo
da semana são cada vez mais sérias e fazem referência a uma ameaça iminente e
grave", afirmou mais cedo o secretário de Estado britânico das Forças
Armadas, James Heappey. "É uma ameaça muito séria, muito iminente".
Entre as ameaças estavam um possível
ataque do Estado Islâmico .
Única porta de
saída
O aeroporto internacional Hamid
Karzai é a única porta de saída do país para milhares de estrangeiros e afegãos
que tentam, desesperados, embarcar nos voos de retirada organizados pelos
países ocidentais.
Quase 90 mil pessoas já foram
retiradas do Afeganistão desde que o Talibã retomou o poder, em 15 de agosto,
mas uma multidão ainda se aglomera dentro e ao redor do local, inclusive em
valas.
Segundo o jornal "The New York
Times", ao menos 250 mil afegãos que trabalharam para
os EUA ainda não foram retirados do país (e o atual ritmo de
evacuação não é suficiente para retirar todo mundo até o dia 31).
"A cada dia, as operações
suscitam um risco suplementar para nossas tropas", disse o presidente
americano, citando a probabilidade de um atentado do Estado Islâmico em Cabul.
"O inimigo número 1 dos talibãs visa o aeroporto para atacar as forças
americanas e aliadas, bem como civis inocentes".
Embora
o Estado Islâmico e o Talibã sejam sunitas radicais, os dois grupos extremistas
são rivais.
O Estado Islâmico criticou o acordo
de paz entre EUA e Talibã assinado em 2020, que estabeleceu as diretrizes para
a retirada das tropas estrangeiras, e acusou os talibãs de abandonar a causa
jihadista.
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