A família de Michael
David da Silva Soares, de 20 anos, ficou revoltada com a baixa qualidade do
atendimento e do caixão usado no enterro do rapaz no último dia 8, em Ponta
Grossa (PR). De acordo com os parentes, o jovem morreu em casa após uma parada
cardiorrespiratória.
Sem dinheiro para arcar com os custos do serviço funerário, a família
usou o serviço oferecido pela Prefeitura de Ponta Grossa.
“Meu filho era muito vaidoso. Ele estava sujo no caixão e não trocaram
nem a roupa dele. O caixão de papelão foi o pior. Parecia que a gente estava
guardando um sapato dentro de uma caixa. Estou chocada com o que fizeram com
ele”, desabafou Edicleia Lopes da Silva, mãe de Michael.
Procurado pelo Uol, o responsável pela funerária Rio Branco, Ivo Nei,
afirmou que o caixão estava no mostruário da prefeitura e não é feito
totalmente de papelão. “A urna é biodegradável e simples, utilizada
principalmente nas cremações. É um caixão com madeira no fundo e somente com a
tampa de papelão. Ele é utilizado apenas em serviços gratuitos e feito por uma
empresa da região”, explicou.
Em nota ao Uol, a Prefeitura de Ponta Grossa informou que o Departamento
de Serviço Funerário, vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, notificou a
funerária para que preste informações sobre o caso e esclareça se houve
cumprimento das determinações na legislação vigente.
Ainda de acordo com a prefeitura, a legislação estabelece que sejam
utilizadas urnas simples, resistentes, sem verniz, com seis alças duras, além
de ter a caixa forrada e com quatro chavetas.
Atualmente, sete empresas conveniadas à administração municipal oferecem
caixões de graça para famílias carentes que estão cadastradas no CadÚnico em
Ponta Grossa.
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