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* Galo descreve horror da prisão: “numa cela para 12 estavam 40 sem cobertor e a marmita vinha azeda”.

 Numa sequência de tuítes na manhã desta quinta-feira (26), Paulo Lima, o Galo, denunciou o horror das condições do Centro de Detenção Provisória (CDP) do Belém, na zona leste de São Paulo. Galo foi um preso político entre 28 de julho e 10 de agosto, quando foi solto. Escreveu Galo: “Numa cela pra 12 havia 40, não tinha chuveiro foi preciso quebrar um cano e deixar a água caindo pra que todos pudessem tomar banho. Tinha 20 pedaços de sabonete que dividimos. Não tinha cobertor, marmita vinha azeda”.

Galo ficou preso por conta da ação de incêndio da estátua do Borba Gato em 24 de julho. Os Centro de Detenção Provisória (CDP) são os locais onde ficam os presos que aguardam julgamento. 

Ele relatou a situação de desespero que vivenciou no último dia na prisão: “No último dia que fiquei preso todos os companheiros se uniram e começaram a chacoalhar as celas pedindo socorro a um companheiro que estava quase morrendo sem ar provavelmente covid”.

O CDP do Belém tem sido alvo de denúncias frequentes dos parentes dos que lá estão detentos e das entidades de direitos humanos. Em abril, esposas e mães dos presos denunciaram que funcionários do centro não usavam máscara e álcool gel contra a Covid-19, retinham cartas e impediam envio de emails.

Galo na pauta.
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