O esperto Kelps Lima (Solidariedade) tem pousado de impoluto da moralidade na CPI da Covid-19, onde atua, estilo "ator", como presidente.
Kelps foi citado no escândalo da operação Hígia, onde segundo relatos da época teria pedido propina de 15%, confira:
No dia 13 de junho de 2008, uma sexta-feira, a Polícia Federal realizou na cidade de Natal, RN e João Pessoa na Paraíba, a operação Hígia.
Foram cumpridos mais de 40 mandados de busca e apreensão e 13 mandados de prisão. Entre os presos, encontrava-se o filho da então governadora do estado do Rio Grande do Norte, Wilma de Faria (faleceu 15 de junho de 2017), além de funcionários públicos. O escândalo teve repercussão nacional.
Foi descoberto um esquema de facilitação em licitações, onde umas poucas empresas sempre saíam vencedoras e assinavam contratos superfaturados, com participação de funcionários públicos do próprio governo do estado.
Entre esses funcionários, estava Lauro Maia, filho da então governadora do estado, Wilma de Faria — à data do evento, Lauro Maia trabalhava como assessor parlamentar no gabinete do pai, o deputado estadual Lavoisier Maia. Segundo cálculos da Polícia Federal, os desvios de dinheiro público chegaram a R$ 36 milhões.
Em 1 de junho de 2011, o advogado e empresário Anderson Miguel, réu e delator no processo, foi executado dentro de seu escritório, em Natal.
Um homem chegou se apresentando como cliente, entrou na sala de Anderson, deu cinco tiros em direção à cabeça dele e depois fugiu. Um suspeito foi localizado e detido poucas horas depois, sendo em seguida liberado. Onze dos envolvidos na operação foram denunciados pela justiça.
ENVOLVIMENTO – O nome de Kelps Lima apareceu como acusado de corrupção e recebimento de propina. A acusação partiu na época do então empresário (A&G) Anderson Miguel, que foi executado numa clara queima de arquivo.
Segundo depoimentos revelados, Kelps Lima tinha pedido 15% de propina do valor do contrato de serviços prestados para o Serviço de Atendimento Médico Ambulatorial – Samu, em troca de renovação do mesmo contrato.
De acordo com o empresário, o valor seria de R$ 45 mil. Anderson Miguel disse que pagou R$ 25 mil para o intermediário de Kelps na negociação.
Veja transcrições dos depoimentos: “Jane [Alves, também réu no processo da Hígia] foi até ele [Wober] com o dinheiro, mas Wober mandou voltar, porque só aceitava R$ 40 mil”, declarou o empresário, emendando que “a gente acaba sendo acuado e se submete a certas situações, se não a empresa quebra”.
Naquele ano, Kelps negou o crime e disse que não conhecia o empresário. “Nunca estive com ele pessoalmente, nunca falei com ele pelo telefone, ou por qualquer outro meio de comunicação. Desconheço os interesses que levaram este irresponsável a fazer tais afirmações em sua Delação Premiada”.
Treze anos depois, Kelps lidera investigações na conturbada e polêmica CPI da Pandemia no Rio Grande do Norte, que acontece na Assembleia Legislativa.
Pergunta de um leitor mais "atento aos fatos e os históricos dos políticos do RN: Kelps tem moral para tantas cobranças que faz ou inventa?
O tempo dirá seu moço?
Com informações de Francisco Costa.
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