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* Máquina de matar?

 O advogado Tadeu Frederico de Andrade, 65, acusou a Prevent Senior de ter tentado retirá-lo da UTI enquanto ele ainda se recuperava de um quadro grave de Covid, relata a Folha.

Segundo o advogado, profissionais da operadora de planos de saúde —hoje investigada pela CPI da Covid— quiseram mandá-lo para o chamado cuidado paliativo, dedicado a pacientes em estado terminal, sem chance de recuperação.

Andrade diz que foi internado com diagnóstico de pneumonia por Covid no fim de 2020. Um mês depois, segundo ele, suas filhas foram procuradas pela equipe médica, que propôs a transferência do pai para a chamada unidade de cuidados paliativos.

“Disseram que era o melhor caminho porque lá eu ia ficar sedado, com os aparelhos desligados, para esperar por uma morte digna e sem sofrimento. Ia ser desligado e ser morto.”

Apesar do estado grave, o advogado respondia ao tratamento, embora lentamente. Assim, suas filhas negaram a sugestão e ameaçaram entrar na Justiça para manter o pai na UTI.

A questão não precisou ser judicializada, e Andrade passou quatro meses internado na UTI da Prevent, além de outros três meses em tratamento intensivo em casa.

“Hoje estou vivo, trabalhando, dirigindo, com uma vida normal e sem nenhuma sequela. E todos aqueles que não sobreviveram? Eles foram assassinados”, acusa o advogado, que registrou denúncia no Ministério Público na última sexta-feira (24).

Em nota, a operadora afirmou que toma decisões com base em custos e que, “no caso em questão, a empresa deu todo suporte ao paciente, acatando a vontade dos familiares”.

Máquina de matar seu moço?
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