Lula, hoje, tem duas opções eleitorais
viáveis discutidas dentro do PT para um vice, que passam por PSB e PSD: Flávio Dino, recém-chegado ao ninho
socialista, governador do Maranhão e um expoente da esquerda no Nordeste. E Pacheco, que agrada ao PIB do eixo São
Paulo-Minas Gerais (ele é amigo de Josué Gomes, filho do saudoso José Alencar).
Presidente
do Senado, de perfil conciliador e discurso coerente em público, o advogado
Rodrigo Pacheco – que vai trocar o DEM pelo PSD – será o pré-candidato a
presidente da República. Mas o projeto maior do controlador do PSD, Gilberto Kassab, e com a
anuência do senador, é levar seu nome a vice na chapa de Lula da Silva (PT),
que lidera as pesquisas de intenção de voto para presidente em 2022.
Não só um convescote entre portas aponta para isso na direção do
PSD. Um breve panorama dos palanques já em articulação para a campanha
majoritária aos governos de São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Minas Gerais
e Bahia – com grandes colégios eleitorais – indica este cenário que se engendra
devagar.
Como a Coluna publicou, antes de trocar de partido no ano que
vem, Pacheco já pediu a Kassab a radiografia dos palanques estaduais e
consultou ex-presidentes (Temer, Sarney e FHC) para tomar a decisão de colocar
a cara na vitrine eleitoral tão cedo.
O PSD vai caminhando devagar (mas forte) nas alianças regionais
com o PT. Prefeito do Rio de Janeiro, no evento de hoje em que Pacheco foi o
convidado ilustre, Eduardo Paes não se segurou e já anunciou apoio ao petista
Felipe Santa Cruz (presidente da OAB-RJ) para o governo do Estado. O PT trata
palanque também com o PSD do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil,
pré-candidato ao Governo; E Na Bahia, o senador Otto Alencar (PSD) , que
tentará a reeleição, está afinado com Jaques Wagner (PT), que deseja voltar ao
Palácio Ondina.
PSB no bolo
O PSB entra nesse projeto com o PSD em dois Estados importantes:
Em São Paulo, o ex-governador Geraldo Alckmin –
rompido com João Doria –
deve se filiar ao partido de Kassab e articula aliança com o PSB de Márcio
França. Neste desenho, a dupla pode concorrer contra Fernando Haddad, o natural
candidato petista ao Palácio Bandeirantes – mas todos alinhados à Lula no
cenário nacional.
Em Pernambuco, reduto lulista há décadas, quem controla o PSD é
o deputado federal André de Paula, que pretende disputar o Senado. Ele também
está alinhado ao PSB do governador Paulo Câmara. E o PSD pernambucano pode
entrar na verticalização do projeto pró-Lula.
O PSB está no projeto de coalizão de Lula – será o caminho
natural do PSD de Kassab. O partido de Kassab, apesar de uma forte bancada no
Congresso Nacional, está sozinho no páreo. Esses palanques supracitados remetem
a uma coalizão PT-PSD-PSB a priori.
Plano B
Caso o projeto de Kassab não vingue, naturalmente Rodrigo
Pacheco será o candidato do PSD – que pode disputar sem coalizão e como aposta
de ser a terceira via na esperada polarização entre Lula e Jair Bolsonaro (por
ora sem partido).
Então, Lula, hoje, tem duas opções eleitorais viáveis discutidas dentro do PT para um vice, que passam por PSB e PSD: Flávio Dino, recém-chegado ao ninho socialista, governador do Maranhão e um expoente da esquerda no Nordeste. E Pacheco, que agrada ao PIB do eixo São Paulo-Minas Gerais (ele é amigo de Josué Gomes, filho do saudoso José Alencar).
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