Via Meio
Norte - Um trabalho investigativo realizado pela Polícia
Civil do Ceará (PC-CE) por meio do Departamento
de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e do 18º
Distrito Policial (18º DP) resultou na prisão, nessa segunda-feira
(08), de um casal identificado como Antônio
José Cardoso Cunha (36) e Jamile Rolim da Silva (20).
O homem e a mulher são suspeitos de
ocultar o cadáver de um recém-nascido de oito meses. Jamile deu à luz a um bebê
e o matou. Em seguida, ela entregou ao suposto pai, Antônio José, líder
religioso, que, por sua vez, ocultou o corpo em uma estação de resíduos, um
bueiro, no bairro Marechal Rondon, em Caucaia – Área Integrada de Segurança 11
(AIS 11) da Região Metropolitana de Fortaleza.
Após
diligências, o corpo da vítima foi
encontrado por policiais civis.
Após serem
acionados com a informação que uma mulher
deu entrada em um hospital com sinais de aborto, os policiais civis
colheram informações acerca da morte do recém-nascido, deram início às
investigações e chegaram aos nomes dos suspeitos. A partir dos levantamentos
policiais, o corpo do recém-nascido
foi encontrado e os suspeitos presos
em flagrante por homicídio e ocultação de cadáver.
“Esse
trabalho investigativo da Polícia Civil culminou na prisão de duas pessoas. Um
casal, que tinha um relacionamento extraconjugal. Tudo iniciou após a entrada
de Jamile no hospital, depois desse fato a Polícia Civil deu início ao trabalho
investigativo. Antônio José
instigou para que houvesse o aborto, que na verdade acelerou o parto.
A elucidação foi muito rápida, embora os depoimentos dos dois sejam divergentes.
Ela confessou em detalhes e chegamos aos fatos. O que apuramos é que ele queria
ser visto com credibilidade na comunidade, por ser um líder religioso, e esse
filho e o relacionamento
extraconjugal iriam comprometer essa imagem que ele almejava.
Essa seria a motivação. E ela atendeu ao pedido dele”, explica o delegado
Harley Filho, diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Sobre o crime
Jamile
teve um relacionamento amoroso com
Antônio José, líder religioso, que, em um imóvel, morava no 1º andar
com sua esposa, e no térreo mantinha uma igreja e, nos fundos da residência,
possuía cômodos que ele abrigava pessoas em situação
de vulnerabilidade social.
Jamile foi
uma dessas pessoas acolhidas pelo pastor e passou a manter um relacionamento
com o homem. Ela engravidou e
para que esposa não soubesse do caso extraconjugal que resultou na gravidez, o homem sugeriu o aborto da criança.
No último sábado (6), Jamile foi até a
residência de um parente, onde tomou um abortivo e deu à luz a uma criança de
oito meses, que nasceu viva.
Ela então desferiu golpes com um garfo no pescoço e
sufocou a criança, que foi a óbito.
A mulher
escondeu o corpo do bebê em um móvel da residência. No domingo (7), Antônio
José, por sua vez, ocultou o corpo do recém-nascido em uma estação de resíduos, um bueiro, no
bairro Marechal Rondon.
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