Um policial penal é suspeito de matar a tiros um colega de trabalho na Penitenciária Francisco Hélio Viana de Araújo, em Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza, na madrugada deste sábado (6). Após o crime, ele tirou a própria vida nas imediações da Praia de Iracema, em Fortaleza, segundo informações da Polícia Civil.
O policial penal Wendell Gondim Cruz,
43 anos, teve um surto psicológico e atirou contra o colega, Glauber Monteiro
Peixoto, segundo nota do Sindicato dos Policiais Penais e Servidores do Sistema
Penitenciário do Estado do Ceará (Sindppen). O sindicato lamentou a morte dos
dois policiais.
A Polícia Civil informou que o
Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) apura as circunstâncias
do homicídio.
O Sindppen disse, ainda, que publicou
uma cartilha sobre trabalho decente para o dia do servidor público, mas que o
acesso ao livro nas unidades prisionais foi cerceado devido a ter se
posicionado publicamente acerca de um vídeo sobre os excessos durante
um treinamento de policiais penais.
Já a Secretaria da Administração
Penitenciária (SAP) disse tomar "todas as medidas necessárias para a
prevenção e cuidado da saúde física e mental dos policiais penais
cearenses". Segundo a pasta, o setor de atendimento psicossocial da
Secretaria mantém um profissional psicólogo em cada unidade prisional do Estado
e os policiais penais contam com um serviço de plantão psicológico com
funcionamento ininterrupto durante os 7 dias da semana.
A SAP informou ainda que o Sindicato
da categoria tem acesso normal às unidades prisionais e que o atual sistema
prisional do Ceará devolveu os espaços de autoridade e respeito aos policiais
penais.
"O que antes era apreensão e
desrespeito hoje se transformou em aumento do efetivo, aquisição de
equipamentos, cursos de qualificação, ações sociais e terapêuticas e,
principalmente, o papel do agente do Estado como mantenedor legítimo do sistema
penitenciário do Ceará", diz a nota da SAP.
Ainda conforme o sindicato, o
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) já notificou a Secretaria de Administração
Penitenciária (SAP) e o Tribunal de Justiça do Estado do Ceará sobre a
necessidade de um plano emergencial para o sistema penitenciário do Ceará.
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