Operações da Polícia Militar e da Polícia Civil, em Severiano
Melo e São Francisco do Oeste, identificaram, nessa segunda-feira (13), quatro
pessoas que estavam praticando receptação e furto de tubos da Caern que eram
utilizados na adutora de engate rápido de Pau dos Ferros. A investigação, que
se iniciou com a denúncia de anúncios no Facebook para venda do material, segue
em andamento e outras prisões podem ser feitas.
Em Severiano Melo, a PM prendeu um homem que
confessou estar anunciando os canos de aço corten, diâmetro de 300mm. Com ele,
foram apreendidos 40 canos que foram tirados da adutora e estavam sendo
vendidos pelas redes sociais.
Em São Francisco do Oeste, segundo o delegado
regional de Pau dos Ferros, Inácio Rodrigues, mais 70 canos foram apreendidos
com três pessoas, que confessaram que pegaram os canos que estavam no trecho
entre São Francisco do Oeste e Itaú. Essas pessoas foram acusadas de furto e
levadas para a Delegacia de Pau dos Ferros para esclarecimentos. Nas operações
policiais, os investigadores também localizaram propriedades rurais cujos donos
usaram canos da adutora em construções, como currais, muros e reformas. Nesses
casos, esclarece o delegado Inácio Rodrigues, todas as pessoas serão chamadas a
depor e terão que devolver o material.
“A investigação continua”, ressalta o delegado.
“E estamos orientando que as pessoas que tiverem usado os canos venham
espontaneamente devolvê-los”. O problema de furtos dessas tubulações é
recorrente, principalmente na zona rural. A Caern, por meio da sua Regional do
Alto Oeste, já havia registrado outros boletins de ocorrência desse tipo.
“Sempre que sentíamos falta de material, comunicávamos à polícia, que é o
procedimento padrão nosso”, explica o gerente da regional da Caern, Odair Rego.
PARCERIA
A Caern está intensificando a parceria com a
Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social, para combater esse tipo de
crime. “A partir desse momento, várias outras ações serão desencadeadas para
inibir esse tipo de prática, que só prejudica a população”, ressalta o diretor
presidente da companhia, Roberto Linhares.
O artigo 265 do Código Penal prevê pena de um a cinco anos de reclusão para quem atentar contra a segurança ou o funcionamento de serviço de água, luz ou qualquer outro serviço de utilidade pública. A pena pode ser aumentada de um terço até a metade, se o furto ocasionar a parada no funcionamento do serviço.
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