O turista que atropelou e matou um morador de Touros, no litoral Norte potiguar, na última segunda-feira (27), foi liberado da prisão durante uma audiência de custódia e poderá responder em liberdade.
A Justiça
determinou o pagamento de fiança de 10 salários mínimos e
suspensão do direito de dirigir para o carioca de 36 anos que atualmente mora
na Europa, segundo informou à polícia.
A liberação
do suspeito revoltou a família da vítima - o pescador Manoel Modesto da Silva,
de 53 anos. Ele chegou a ser socorrido por amigos e
familiares a uma unidade de saúde do município, mas não resistiu de morreu.
"Causa uma frustração muito grande. Ele matou meu
primo, saiu e deixou ele lá jogado, o que não se faz nem com um cachorro, e
ainda escondeu o carro. E ai vai embora. A vida que segue, a dele. Mas e a do
meu primo, vira só mais uma estatística? A família dele está destruída.
Queremos justiça", afirmou Eduardo Carlos da Silva, de 40 anos, que é
primo de Manoel.
O atropelamento
aconteceu no início da manhã de segunda-feira (27).
Eduardo afirmou que foi uma das primeiras pessoas a chegar ao local do acidente
e começou uma busca, junto com outras pessoas, pelo suspeito.
Segundo ele, após
atropelar Manoel, o turista abandonou o carro modelo Jeep Compass em uma rua de São Miguel
do Gostoso -
cidade vizinha - e fugiu, mas foi localizado o hotel onde estava hospedado.
A Polícia Militar foi acionada e deu voz de prisão ao suspeito.
"Eu e os policiais militares somos testemunhas de que ele estava
embriagado, dormindo enrolado em toalhas", afirma. Apesar disso, Eduardo
diz que o delegado não registrou que o suspeito estava embriagado, nem que
foram encontradas drogas no carro abandonado por ele, o que teria motivado a
liberação na audiência de custódia.
"O delegado não apresenta droga, não apresenta que ele estava
embriagado e ele é liberado na audiência de custódia. Isso é revoltante",
declarou Eduardo.
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