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* Jair Bolsonaro sanciona fundão eleitoral de 4,9 bilhões.

 Jair Bolsonaro (foto) sancionou o orçamento de 2022 com o fundão eleitoral de R$ 4,9 bilhões, quase o triplo do valor destinado às eleições em 2018 (R$ 1,7 bilhão). Para garantir o montante recorde, o presidente vetou R$ 3,18 bilhões previstos para emendas de comissão (R$ 1,36 bi) e despesas discricionárias (R$ 1,82 bi).

Como registramos há pouco, Bolsonaro também manteve R$ 1,7 bilhão para aumento dos policiais federais, rodoviários e agentes do Departamento Penitenciário Nacional.

O valor total da despesa do governo para este ano é de 4,7 trilhões de reais, sendo 1,9 trilhão para o refinanciamento da dívida pública. A Lei Orçamentária prevê ainda R$ 89,1 bilhões para o Auxílio Brasil.

Os ministérios que receberão as maiores verbas são Trabalho e Previdência (R$ 889 bilhões), Saúde (R$ 180 bilhões), Cidadania (R$ 173 bilhões), Educação (R$ 137 bilhões) e Defesa (R$ 116 bilhões).

Maiores cortes

Ministério do Trabalho e Previdência foi o mais afetado, com um corte de R$ 1 bilhão. Desse total, somente o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deixará de receber R$ 998 milhões. 

Ministério da Educação é o segundo mais atingido com cortes. As verbas canceladas para a pasta chegaram a R$ 802,6 milhões. Somente o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) perdeu R$ 499 milhões. 

Os vetos para o Ministério do Desenvolvimento Regional chegam a R$ 458,7 milhões. Desse total, R$ 122 milhões foram cancelados do Projeto Sul-Fronteira no Mato Grosso do Sul. Também foram vetados outros R$ 102 milhões para compra de equipamentos para o Amazonas.

O Ministério da Cidadania perdeu R$ 284,3 milhões. A Secretaria Especial do Esporte foi a mais afetada, com o veto de R$ 112 milhões em apoios a projetos esportivos e modernização de infraestrutura. O Sistema Único de Assistência Social (Suas) deixará de receber outros R$ 105,1 milhões e a Rede de Suporte Social do Dependente Químico perdeu R$ 66,2milhões.

Ministério da Infraestrutura perdeu outros R$ 177,8 milhões. Esse veto atingiu o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), que terá menos recursos para obras em rodovias. 

Bolsonaro também vetou R$ 74,2 milhões do Ministério da Saúde. O maior corte, de R$ 40 milhões, ocorreu em ações da pasta para levar saneamento básico para pequenas comunidades rurais ou comunidades tradicionais remanescentes de quilombos. Além disso, a Fundação Oswaldo Cruz deixará de receber R$ 11 milhões em pesquisa e desenvolvimento.

Bolsonaro nas mãos do Centrão seu moço.
Antagonista

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