Na Agrovila Pomar, na zona rural de Mossoró, região Oeste do RN, a produção agrícola não para durante todo o ano. Nos dias de colheita, a agricultora Lúcia da Silva vem ao campo retirar as vagens. O feijão irrigado com a água de um pequeno poço garante renda extra para as famílias da comunidade.
Mas o plantio pode
aumentar, se vier chuva este ano. “Eu tô esperando ser um bom inverno. Mas Deus
é quem sabe. As chuvas foram muito boas, porque estava tudo seco, então foi bom
demais. Caiu bastante água nas cisternas”, comemora Lúcia da Silva.
Francileide Lima também já está comemorando
a boa surpresa que chegou no mês de dezembro. A chuva antecipada na comunidade
trouxe a esperança de um bom inverno em 2022 e já fez a diferença.
“A gente trabalha de irrigação, só que quando começa o período chuvoso
a gente vai para a chuva, porque diminui os custos com energia. Isso é bom para
o solo, para as plantas em geral, para as árvores, para tudo. A planta fica
mais vigorosa, mais bonita. A expectativa é de muita chuva se Deus quiser” diz
Francileide.
A expectativa é boa, mas ainda é cedo pra saber se as previsões vão se
concretizar. Segundo a meteorologia, as precipitações do mês
de dezembro não indicam a chegada do período chuvoso na região, que acontece
entre os meses de fevereiro a maio.
Para os agricultores, é tempo de começar a ser organizar e preparar a
terra, de olho nas culturas de inverno.
Seu Francisco das Chagas vai plantar milho e sorgo. Ele explica que
parte da colheita será para o consumo da família e o restante vai usar na
produção de silagem para alimenta os animais. Ele possui um rebanho com mais de
200 animais, entre ovinos e bovinos.
“A gente faz uma irrigação no verão pra se manter e quando chega o período de chuva a gente passa para a cultura de milho, de sorgo. Planto para fazer silagem que nesse período já tá acabando”, explica Francisco das Chagas.
Enquanto o período chuvoso não chega, o agricultor Fábio Baracho
admira os pés de milho plantados no roçado, cultivados com a irrigação. São
apenas duas fileiras, usadas pelo agricultor pra impedir a passagem do vento
para as plantações de feijão. Mas daqui a uns dois meses, o que ele quer ver
mesmo são muitas carreiras de milho verde, irrigados com a água da chuva.
“Com a chuva o milho cresce mais, desenvolve. No inverno ninguém
pulveriza, então ele cresce mais. Se Deus quiser eu estou esperando muita chuva
para a gente, para os animais, que a gente plante muito milho, jerimum, batata,
abóbora, mamão...”, afirma o agricultor Fábio Baracho.
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