O
governo federal anunciou nesta segunda-feira (28) que substituirá o general da
reserva Joaquim Silva e Luna na
presidência da Petrobras. Para a vaga, o Ministério de Minas e
Energia decidiu indicar Adriano Pires, fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).
A mudança precisa ser confirmada pela assembleia-geral dos
acionistas da estatal – a próxima reunião está marcada para 13 de abril.
Segundo o material divulgado pelo Ministério de Minas e Energia, se a decisão for
confirmada pelos acionistas, Joaquim Silva e Luna deixará a cadeia de comando
da petroleira: o nome dele não aparece na composição prevista para o conselho
de administração da Petrobras.
O presidente Jair Bolsonaro tem criticado a empresa por seguidos reajustes nos
preços dos combustíveis. O presidente chegou a dizer que "se
resolvesse", daria "murro na mesa" para obrigar a estatal a
reduzir os preços.
Segundo o blog da Ana Flor, antes do anúncio
da troca, Joaquim Silva e Luna chegou a afirmar a interlocutores do governo e
pessoas próximas que — em razão da estrutura de governança rígida montada nos
últimos anos — uma troca do comando da empresa não daria a um eventual novo
presidente carta branca para mudar a política de preços.
Segundo relatos a que o blog teve
acesso, o general tem dito que “um maluco que assuma aqui não faz o que quer”.
Silva e Luna
Silva e Luna é o segundo presidente da Petrobras do governo
Bolsonaro. Em 2021, o governo anunciou que indicaria o general para a
presidência da empresa, em substituição a Roberto Castello Branco (demitido
pela insatisfação do presidente da República com a política de preços da
estatal).
O nome de
Silva e Luna foi aprovado em uma assembleia geral extraordinária de
acionistas para integrar o conselho de administração da Petrobras em 12 de abril.
Quatro dias depois, ele foi eleito presidente da empresa.
Como acionista
majoritária, a União tem a maioria dos assentos no conselho de administração da
estatal.
Próximos passos
O roteiro para a substituir Silva e Luna deve ser parecido com o
de Castello Branco. A Petrobras tem uma assembleia geral extraordinária marcada
para 13 de abril.
Silva e Luna
não deve ser reconduzido pelo governo federal para continuar no conselho de
administração da empresa, abrindo espaço para a indicação de seu substituto.
Quem é Adriano Pires
Com experiência de mais de 30 anos no setor de energia, Adriano
Pires é doutor em Economia Industrial pela Universidade Paris XIII (1987),
Mestre em Planejamento Energético pela COPPE/UFRJ (1983) e Economista formado
pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1980).
Trabalhou na Agência Nacional
de Petróleo (ANP) onde atuou como Assessor do Diretor-Geral, Superintendente de
Importação e Exportação de petróleo, seus derivados e gás natural e
Superintendente de Abastecimento.
Na Universidade
Federal do Rio de Janeiro, exerceu a função de professor, pesquisador e
consultor junto a empresas e entidades internacionais.
Atualmente, é
diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), fundado por ele mesmo. O
CBIE é uma consultoria especializada em inteligência, regulação e assuntos
estratégicos para o setor de energia.
Recentemente,
Pires vinha atuando como consultor informal do Ministério de Minas e Energia (MME) na questão da
alta do preço dos combustíveis. Ele defende a criação de uma política de subsídio que sairia
do Tesouro direto e duraria de 3 a 6 meses para o diesel e o botijão de gás,
devido aos efeitos da guerra entre Ucrânia e Rússia. A equipe econômica é contra subsídios envolvendo recursos do Tesouro.
Estruturalmente,
Pires acredita que a solução para o preço dos combustíveis passa pela criação
de um fundo de estabilização.
Na
Universidade Federal do Rio de Janeiro, exerceu a função de professor,
pesquisador e consultor junto a empresas e entidades internacionais.
Atualmente, é
diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), fundado por ele mesmo. O
CBIE é uma consultoria especializada em inteligência, regulação e assuntos
estratégicos para o setor de energia.
Recentemente,
Pires vinha atuando como consultor informal do Ministério de Minas e Energia (MME) na questão da
alta do preço dos combustíveis. Ele defende a criação de uma política de subsídio que sairia
do Tesouro direto e duraria de 3 a 6 meses para o diesel e o botijão de gás,
devido aos efeitos da guerra entre Ucrânia e Rússia. A equipe econômica é contra subsídios envolvendo recursos do Tesouro.
Estruturalmente, Pires acredita que a solução para o preço dos combustíveis passa pela criação de um fundo de estabilização. g1
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