Projeções divulgadas pela imprensa francesa apontam que o presidente Emmanuel Macron será reeleito ao vencer o segundo turno deste domingo (24) contra a representante da extrema direita Marine Le Pen, que admitiu a derrota minutos após o fechamento das urnas.
Veja os números abaixo:
Projeção Ifop
- Emannuel Macron: 58%
- Marine Le Pen:
42%
Projeção Elabe
- Macron: 57,6%
- Le
Pen: 42,4%
Projeção Ipsos
- Macron: 58,2%
- Le
Pen: 41,8%
Macron será o primeiro presidente a ser reeleito na França desde o conservador Jacques Chirac
(1995-2007).
Discurso de vitória
Em seu discurso de vitória, ele afirmou que quer governar para todos.
Depois de agradecer seus próprios eleitores, o presidente reeleito citou três
grupos:
- Os que votaram nele para evitar o projeto de
extrema direita representado por Le Pen; a esse grupo, afirmou que tem
consciência que a escolha por ele o torna depositário do apego à
República;
- Aqueles que se abstiveram: Macron afirmou que
o “silêncio” desses eleitores também tem significado;
- Aos
eleitores de Le Pen; segundo Macron, ele precisa governar para todos em
volta, e a raiva e os desentendimentos precisam encontrar respostas.
Macron disse duas vezes que seu projeto é transformar a França em uma nação ecológica.
“Serei exigente e ambicioso, temos muito a fazer. A guerra na Ucrânia
está aí para lembrar que a França deve levar sua voz e a clareza de suas
escolhas e reconstruir sua força em todos os domínios, e nós faremos isso”,
disse ele.
Le Pen reconheceu a derrota
Menos de 15 minutos depois da divulgação das projeções, a candidata Le
Pen se pronunciou. Ela admitiu a derrota e afirmou que o resultado ainda é uma
vitória para o seu movimento político.
A desafiante ainda disse que a vontade de defender o que é francês foi
reforçada, e que seus partidários já foram declarados mortos milhares de vezes,
mas sempre foi errado, e que o cenário político francês está se recompondo.
As últimas pesquisas divulgadas na sexta-feira já indicavam que o candidato
do "República em Marcha" (LREM), de 44 anos, venceria sua rival do
Reunião Nacional (RN), de 53 anos, com uma vantagem menor do que em 2017,
quando foi venceu com 66,1% dos votos.
Cinco anos depois, a França não é o mesmo país em que o centrista havia
vencido pela primeira vez: protestos sociais marcaram a primeira metade do
mandato de Macron, uma pandemia global confinou milhões de pessoas e a invasão
russa da Ucrânia abalou todo o continente europeu.
A guerra às portas da União Europeia (UE) marcou a campanha eleitoral,
embora a principal preocupação dos franceses seja o seu poder de compra, num
contexto de aumento dos preços da energia e dos alimentos.
Além de escolher entre dois modelos de sociedade, os eleitores tinham
nas mãos a escolha do lugar no mundo que querem para essa potência econômica e
nuclear até 2027.
Le Pen propunha em sua campanha inscrever na Constituição a
"prioridade nacional", a fim de excluir os estrangeiros dos auxílios
sociais, e defendia o abandono do comando integrado da Otan e a redução dos
poderes da União Europeia. g1
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