Um homem e um adolescente de 17 anos detidos nesta segunda-feira (9) confessaram a morte de duas pessoas em Mossoró, no Oeste potiguar. Segundo a Polícia Civil, os dois crimes aconteceram da mesma forma: eles marcavam encontros com as vítimas por meio de um aplicativo de encontros voltado ao público LGBTQIA+, as matavam estranguladas com fio e roubavam pertences delas.
De acordo com o
delegado Rafael Arraes, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), os
dois suspeitos deverão responder por latrocínio, que é o roubo com resultado de
morte.
A última vítima foi o
fisioterapeuta e empresário Hardison Caio, de 29 anos, que estava desaparecido
desde o último domingo (8) e foi achado morto na tarde de segunda-feira (9). O
corpo estava em um matagal próximo a um loteamento no bairro Santa Delmira,
onde o homem morava.
O delegado afirmou que
localizou o corpo após prender um dos suspeitos - o adulto - que confessou o
crime e indicou o local onde teria deixado a vítima. O adolescente foi detido
após se apresentar na delegacia.
"Segundo os
autores, eles utilizavam aplicativo de relacionamento e seriam garotos de
programa. Marcaram um programa com a vítima e segundo eles, devido um
desentendimento no pagamento desse programa, teriam executado a vítima. Mas a
delegacia, em decorrência já de outro homicídio no mês de abril, também de
outro homossexual - Bruno Alisson, no bairro Barroca - que teve o mesmo modo de
execução, por estrangulamento, e com produtos roubados, classificou como
latrocínio", diz o delegado.
De acordo com a
Polícia Civil, o homem preso e o adolescente apreendido já vinha sendo
investigados pela morte de Bruno Alisson, em abril, o que teria facilitado a
identificação deles no novo crime, por agirem do mesmo modo.
O delegado afirmou que
os crimes foram premeditados. g1
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