Do G1 - O policial
militar que atirou contra um
fiel durante briga política em uma igreja em Goiânia, Vitor da Silva
Lopes, e o assessor empresarial baleado são amigos há mais de dez anos, segundo
o irmão da vítima, Daniel Augusto de Souza. Segundo a família de Davi Augusto,
que foi atingido, os disparos ocorreram após discussão a respeito de uma
circular sobre as eleições distribuída pela igreja, com orientações de votos.
O g1 entrou em contato com o policial
militar, que é músico na igreja e suspeito de ser autor do disparo, para falar
sobre a relação dele com a vítima, mas não obteve retorno. Já quanto ao
disparo, na sexta-feira (2), ele afirmou ter sido atacado pela vítima e seus
familiares, e que entrou em briga corporal com eles.
O caso aconteceu na última quarta-feira (31), dentro da Igreja
Congregação Cristã no Brasil, localizada no Setor Finsocial. Um vídeo gravado
por um fiel mostra o momento em que bombeiros chegam ao local para o resgate.
Davi Augusto de Souza está internado em Goiânia, passou por duas
cirurgias na perna e segue estável, segundo o irmão dele. Ao g1, o
Hugol afirmou que o estado de saúde de Davi é regular, e que ele está
consciente e respirando espontaneamente.
Amigos
de longa data
Ao g1, Daniel contou que Vitor é um amigo de
longa data da família. Ele conta que conheceu o policial militar quando este
tinha apenas 7 anos de idade. Já seu irmão, Davi Augusto, e Vitor, teriam se
tornado amigos quando o policial entrou para a igreja em que ambos frequentam,
há mais de dez anos.
Daniel ainda conta que Vitor é primo de sua esposa e que, por isso, eles
estiveram juntos em diversas ocasiões.
"Somos muito
ligados. Quando meu filho começou a frequentar a igreja, ele deu uma camisa pra
ele, já nos deu cesta básica, ele é uma pessoa de bem", disse Daniel sobre
Vitor.
Ele ainda contou que, após os disparos, ligou para Vitor para conversar
e que o policial teria pedido perdão pelo ocorrido.
Discussão em igreja
Davi foi baleado dentro da Igreja Congregação Cristã no Brasil,
localizada no Setor Finsocial. Além de ter afirmado, na sexta-feira (2), que
foi atacado pela vítima e seus familiares, o cabo Vitor da Silva Lopes ainda
disse que, em um dado momento, ele sentiu que queriam tomar sua arma e, por isso,
a sacou e pediu para se afastarem, o que não foi obedecido.
Para se defender, ele alega que fez um disparo na perna da vítima para
cessar as agressões, sem intenção de matá-la. No entanto, Daniel Augusto, que
estava na igreja no momento da discussão, contesta a versão do cabo da PM.
"Meu irmão saiu para beber água e o policial também. Do lado de
fora, meu irmão, o policial e outra pessoa começaram um debate sobre quem da
igreja apoia ou não o governo, que os membros não deveriam votar na esquerda,
como indicaram os líderes", comentou o irmão.
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