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* Em vídeo, Michelle Bolsonaro chama Kelmon de ‘padre mais amado do Brasil’.

BRASÍLIA, DF, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Dois dias antes de Roberto Jefferson (PTB) atacar policiais e, depois, ser chamado de “bandido” por Jair Bolsonaro (PL), a primeira-dama Michelle Bolsonaro postou vídeo afirmando ter passado o dia na festa de aniversário de Kelmon Luis da Silva Souza (PTB), chamado por ela de “o padre mais amado do Brasil”.

Kelmon entrou na corrida pelo Palácio do Planalto após o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) negar por unanimidade o registro de candidatura de Jefferson, seu padrinho político. Coube ao autoproclamado padre, neste domingo (23), entregar armas do ex-deputado federal à polícia.

O candidato ficou em sétimo lugar na disputa, com apenas 0,07% dos votos válidos, e teve como principal papel na eleição fazer uma dobradinha com Bolsonaro no debate realizado pela TV Globo.

No vídeo, Michelle e outras bolsonaristas que integram uma caravana pelo país em apoio ao presidente, entre as quais a senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF), cantam parabéns para Kelmon.

“Parabéns, padre Kelmon, o padre mais amado do Brasil! Deus te abençoe, meu querido, viva o padre Kelmon”, diz Michelle no registro publicado na última sexta-feira (21).

Neste domingo, Jefferson, que cumpria prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica, foi alvo de uma ação da Polícia Federal determinada por Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). O político de extrema direita reagiu à abordagem e atirou. De acordo com a PF, o ex-deputado também lançou uma granada na direção dos agentes. Dois policiais, atingidos por estilhaços, ficaram feridos.

Em um primeiro momento, Bolsonaro tentou se desvencilhar do aliado, dizendo que não tinha nem foto ao lado de Jefferson, o que não é verdade. Nas redes sociais, mais cedo, o presidente criticou tanto a atitude de Bolsonaro como a decisão do STF. Mais tarde, depois da repercussão negativa do caso, publicou vídeo chamando o ex-deputado de “bandido” e se solidarizando com os policiais feridos.

Um dia antes de dizer não ter nenhuma ligação com Jefferson, Bolsonaro levou ao palanque o presidenciável do PTB, Padre Kelmon. Durante evento em Guarulhos no sábado (22), o presidente fez agradecimento especial a ele, citado como alguém que “fez a diferença” durante debate –em que ambos protagonizaram uma dobradinha. “Eu o chamo de padre que caiu do céu. Obrigado, Kelmon.”

Nossa.

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