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* Funcionários recebem farda 'da Copa' com referência a Bolsonaro em posto de combustíveis em Fortaleza.

 Funcionários de um posto de combustíveis em Maracanaú, Região Metropolitana de Fortaleza, receberam um fardamento verde-amarelo e o número 22 nas costas. O número é o mesmo do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.

Segundo uma fonte, que terá a identidade preservada, os empregados do estabelecimento questionaram sobre a coincidência de a camisa da farda ter o mesmo número e as cores usadas na campanha de Bolsonaro, mas foram informados ser uma referência à Copa do Mundo de 2022.

"A gente falou sobre o número, e eles alegaram que era em referência a Copa de 2022; mas se fosse da Copa, era para ter 2022 e não só 22", disse a fonte ouvida pelo g1.

Ainda segundo a pessoa, a mudança da farda ocorreu nesta semana. Antes disso, a empresa não fez manifestação política. Ao todo, 14 funcionários trabalham no posto e todos são obrigado a usar a camisa.

g1 tenta insistentemente contato com a empresa, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Assédio eleitoral


Situações de conduta abusiva que atentam contra a dignidade de trabalhador em prol de obter engajamento a determinadas práticas de natureza política podem configurar assédio eleitoral. Até a última segunda-feira (24), o Ministério Público do Ceará (MPCE) registrou 27 denúncias envolvendo o pleito deste ano.


A maioria dos casos ocorreu no período do segundo turno e foi feita por funcionários que alegam serem coagidos por patrões, inclusive com perda do emprego, a votar em determinados candidatos.


No caso de comprovação do assédio, a empresa pode responder tanto na Justiça comum, como na Justiça Trabalhista. No caso da última, as punições podem ser uma ação civil pública, sob pena de multa, até uma indenização por danos morais coletiva.


Como denunciar


Diante de assédio ou coação eleitoral, as pessoas podem denunciar o caso ao MPT no site www.mpt.mp.br, clicar em "Denúncia" e relatar o que aconteceu, anexando as provas.


"A primeira coisa que a pessoa que está sob pressão ou coação deve fazer é reunir as provas, que podem ser vídeos, fotos, documentos. Também é importante identificar pessoas que testemunharam a prática. A denúncia pode ser sigilosa ou feita pelo sindicato, que será apurada", ressalta a procuradora Adriane Reis.


Conforme o Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE), as denúncias sobre casos deste tipo devem ser formalizadas pelo aplicativo "Pardal", ferramenta digital feita pela Justiça Eleitoral que apura casos de irregularidades em propagandas e outras práticas proibidas pela legislação eleitoral.


Absurdo.
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