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* Vídeo. Roberto Jefferson troca tiros com PF, e uma policial é baleada.

Uma agente da Polícia Federal foi baleada pelo ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) durante o cumprimento de mandado de prisão, neste domingo (23/10), na casa do ex-paralamentar, em Levy Gasparian, no Rio de Janeiro. Ainda não se sabe a gravidade dos ferimentos do policial. A informação foi confirmada pela corporação ao Metrópoles. O ex-parlamentar foi preso logo depois do confronto com a primeira equipe da PF.

Os agentes da Polícia Federal cumpriam ordem do ministro Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior eleitoral (TSE), que ordenou a prisão de Jefferson após o ex-deputado ofender a ministra do STF Cármen Lúcia – além de ataques à Corte e ao sistema eleitoral. Mais cedo, parlamentares haviam protocolado pedido de prisão contra o ex-parlamentar.

Jefferson usou câmeras do circuito interno de segurança para monitorar a movimentação da equipe formada por três agentes, que estavam na porta de sua propriedade. Assim que a viatura parou na frente do portão, o ex-presidente nacional do PTB passou a filmar a tela da TV que transmitia as imagens.

Irritado, Jefferson afirmava que não iria se entregar, e decidiu abrir fogo contra a viatura. O para-brisa foi estilhaçado pelos disparos.

Ataques a Cármem Lúcia

Em prisão domiciliar, Jefferson utilizou as redes sociais da filha, a também ex-deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ), para fazer uma série de ofensas à magistrada após Cármen Lúcia ter votado favoravelmente à punição da emissora Jovem Pan.

Na gravação, Roberto Jefferson chama a ministra de “Bruxa de Blair” e “Cármen Lúcifer”. Ele ainda comparou a magistrada a uma “prostituta”. O ex-deputado está impedido de usar redes sociais, como requisito para a prisão domiciliar.

Milícias digitais

Roberto Jefferson está em prisão domiciliar. Presidente de honra do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), ele acabou preso no dia 13 de agosto de 2021, acusado de integrar milícias digitais que ferem a democracia. O político foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao STF, por incitação ao crime, ameaça às instituições e homofobia.

Ele chegou a defender intervenção militar e afirmar que as eleições eram fraudulentas. O ministro Alexandre de Moraes substituiu a prisão preventiva pela domiciliar em janeiro deste ano.

Roberto Jefferson.


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