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* Prefeito bolsonarista de Marcelino Vieira veta distribuição de remédio após vitória de Lula.

Passada a votação para Presidente da República no último dia 30 de outubro, o prefeito de Marcelino Vieira, Babau, que apoiou o presidente Jair Bolsonaro, resolveu colocar os "pés no chão", segundo ele, para anunciar que este ano não fará mais distribuição de medicamento no município.

O prefeito alega que perdeu as campanhas para governo do estado e presidente da república, por isso não terá mais como entregar medicamentos aos munícipes.

"Moço, esse ano aqui eu não estou podendo dar remédio a ninguém. Estou devendo muito. Eu não sei como vai ser o novo presidente. Governadora nunca fez nada por mim, isso não vale nada, que ela ganhou de novo. Agora o presidente, eu tinha muita ajuda, eu não sei se vai ter ajuda a partir de janeiro. Então esse ano eu não estou dando remédio a ninguém, só a partir do próximo ano se o novo presidente continuar ajudando o município. Infelizmente eu tô devendo muito, tô perto de sair da prefeitura e não vou... vou pagar minhas contas e vou ver como vai ser o novo governo. Tô sem governo estadual, sem governo federal, sem ninguém. Não vai ser fácil pra mim, então eu tenho que colocar os pé no chão. Eu não gosto de ser cobrado por comerciante, não. Só o próximo ano, esse ano eu não tenho como ajudar mais ninguém não", disse prefeito.

Em resumo, os munícipes vão precisar negociar com as doenças para serem acometidos só a partir de 2023, quando prefeito voltará a fornecer os medicamentos.

O comunicado de Babau, em áudio no aplicativo de mensagem WhatsApp, rapidamente percorreu as rodas de conversa e a população está apreensiva, pois acredita que não se trata de dificuldade financeira, como alegado, e muito menos o pouco tempo que resta de mandato do prefeito, que ainda tem mais de dois anos pela frente. Para a maioria, trata-se de uma retaliação de Babau que ficou magoado com a derrota de Bolsonaro.

Em Marcelino Vieira, no segundo turno das eleições, Lula recebeu 4.754 votos (no primeiro turno 4.655) e Bolsonaro, 705 votos (no primeiro turno 608); uma diferença expressiva de 4.049. Grupo Cidadão 190
Retaliação pura seu moço.

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