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* Prefeito de cidade em MG defende separar Nordeste do Brasil após vitória de Lula.

No texto publicado no jornal O Tempo – veículo pertencente ao próprio Vittorio Medioli, o prefeito de Betim fala sobre as diferenças entre as regiões que votaram majoritariamente em Lula e em Jair Bolsonaro. Segundo ele, o atual presidente venceu nos estados que representam “86% do PIB e 74% da população”, e que agora, apenas uma região está em festa, e as outras quatro estão “mais contrariadas do que felizes”.

O prefeito ainda explica que Bolsonaro venceu em estados “economicamente mais pujantes”, e são esses locais que efetivamente movimentam a economia. Já Lula venceu em “todos os Estados que são altamente subsidiados”, e que a votação mostrou a diferença entre quem produz e quem menos gera resultados para a economia. Medioli ainda compara essa diferença econômica que acontece no Brasil com o “caso da União Soviética”, que, segundo ele, “acabou se fragmentando e quebrando o ‘federalismo’”.

Medioli afirma, ainda, que “com exceção do Nordeste, milhões de pessoas se aglomeram em frente aos quartéis do Exército procurando alternativas ao que não querem. Não se conformam, pois esperam viver em um Estado mais liberal do ponto de vista econômico e garantidor do que chamam de “ordem e do progresso”.

Entretanto, algumas das manifestações organizadas pelo país, citadas pelo prefeito, assumiram um tom golpista, exigindo o fechamento do STF e do TSE, a prisão sem motivo de Alexandre de Moraes, intervenções militares e o impeachment de um presidente que ainda não assumiu o poder. 

No fim de seu texto, o prefeito afirma que, atualmente, existem dois Brasis: “um que produz mais e arrecada impostos, e outro, paradoxalmente mais carente, que vive das transferências”, e sugere que não seria uma má ideia separar o país em dois, dando a Lula o que pertence a ele e dando a Bolsonaro o que é de Bolsonaro. 

Vittorio ainda alega que o “o separatismo, presente em outros momentos da história brasileira, não seria, à primeira vista, a solução mais adequada, mas, nesse caso, a vontade popular, por meio de plebiscitos, seria talvez a única solução para resgatar a legitimidade ameaçada”. 

O dono do jornal, que é bolsonarista, utilizou seu veículo para propagar pensamentos xenófobos e preconceituosos sobre a Região Nordeste.

Jair Bolsonaro e Vittorio Medioli.

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