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* Professora com medida protetiva é assassinada a tiros em creche por ex-companheiro.

Do ND Mais - A professora auxiliar Alessandra Abdalla, de 45 anos, foi assassinada a tiros pelo ex-companheiro quando estava perto da creche onde lecionava, localizada no bairro Tapera, em Florianópolis. A servidora pública municipal deixa uma filha de 21 anos.

Segundo informações apuradas pelo repórter da NDTV Osvaldo Sagaz, o fato aconteceu por volta das 7h30 desta quinta-feira (24). O suspeito é ex-companheiro da vítima e policial militar. Ele fugiu logo após o crime. A professora havia descido do ônibus quando foi abordada pelo homem. Após uma discussão, ele disparou vários tiros de arma de fogo contra a mulher. Ela estava a poucos metros do local de trabalho, no NEIM (Núcleo de Educação Infantil Municipal) da Tapera, onde as aulas foram suspensas durante a manhã.

O homem fugiu do local em seguida. Por meio de imagens foi possível a identificar o suspeito, que fica lotado no 4º BPM (Batalhão da Polícia Militar). Atualmente ele realizava trabalhos administrativos por conta de restrição do serviço operacional.

 

Segundo informações do Sintrasem (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis), o policial não aceitava o término do relacionamento e já havia am€açado atirar nela anteriormente.

A servidora já tinha registrado um Boletim de Ocorrência e medida protetiva deferida no início de novembro contra o ex-companheiro, informa a delegada Michele Alves Corrêa, diretora da Polícia Civil da Grande Florianópolis.

O repórter Osvaldo Sagaz, do Balanço Geral, teve acesso à medida protetiva. O acusado é Orlando Seara da Conceição Júnior. Com base nos relatos de agr€ssões físicas e psicológicas, a justiça tinha proibido o policial militar de se aproximar da Alessandra e de manter contato com a professora.

Conforme apurado, colegas de trabalho da creche disseram que Orlando estava am€açando a ex-companheira nos últimos dias e também rondando a unidade escolar e outros locais que ela frequentava.

O comando do 4º BPM alega que não tinha conhecimento da medida protetiva. As buscas pelo foragido seguem com apoio do BOPE (Batalhão de Operações Especiais).

Alessandra morava na Palhoça e era servidora pública desde 2014. A prefeitura emitiu uma nota de pesar pelo feminicídio, repudiando o ato. O secretário de Educação, Maurício Fernandes Pereira, enfatiza que o feminicídio é um tipo de homicídio qualificado, “um crime hediondo”.


Tragédia.

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