Os sigilos impostos pelo governo
Bolsonaro ao processo disciplinar contra o ex-ministro da Saúde, Eduardo
Pazuello, a registros de visitas ao Palácio do Planalto e à compra de
cloroquina pelo Exército estão na mira do governo Lula (PT).
Também estão as negativas de acesso a informações sobre a política de ampliação do acesso às armas promovida pela gestão anterior, como dados sobre registros de armas mantidas pelo Exército e pela Polícia Federal, e aqueles usados para a elaboração de atos normativos.
Segundo o blog apurou, esses e outros casos de negativa de divulgação de informações públicas foram mapeados – e criticados – por técnicos do governo, que vão recomendar ao agora presidente Lula que todos os órgãos federais revisem as decisões que desvirtuam o princípio da Lei de Acesso à Informação (LAI).
Sancionada por Dilma Rousseff (PT), a LAI estabelece que a transparência é a norma e o sigilo deve ser exceção. Apesar disso, um estudo feito por um servidor aponte que a União mantém cerca de 100 mil informações sob sigilo, a maioria parte das Forças Armadas.
A classificação de dados públicos
como reservados – o que impede sua divulgação durante um determinado período –
deve ser excepcional e justificada com critérios técnicos, mas, na visão de
integrantes do governo, foi banalizada no governo
anterior.
O entendimento é que o sigilo – em
alguns casos, de 100 anos – foi usado para proteger interesses pessoais e
políticos de Jair Bolsonaro (PL).
Por isso, segundo fonte ouvida pelo blog, o governo Lula pretende derrubar todos os vetos a
pedidos de acesso à informação que não seguiram critérios técnicos.
O caso mais simbólico é o processo
disciplinar aberto contra Pazuello. Embora o procedimento diga respeito a
atuação pública do ex-ministro da Saúde, o documento foi mantido em sigilo com
o pretexto de preservar a honra do general.
Defesa da honra também foi o argumento para impor sigilo a informações sobre as visitas de Carlos e Eduardo Bolsonaro, filhos do ex-presidente, ao Palácio do Planalto. Sadi
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