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* Investigada por desvio de R$ 1 milhão de formatura, estudante de medicina da USP recebeu auxílio emergencial durante a pandemia.

 Alicia Dudy Muller, de 25 anos, é a estudante de Medicina acusada de desviar quase R$ 1 milhão arrecadados por seus colegas da USP para a formatura do curso.

Presidente da comissão de formatura, a jovem foi denunciada na última terça-feira, depois que a Associação de Formatura da 106ª Turma do Curso de Medicina da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) constatou que ela havia tirado os R$ 927 mil acumulados pelos colegas.

Alicia transferiu para a conta pessoal toda a quantia, que havia sido depositada para a empresa Ás Formaturas, responsável por organizar a cerimônia.

A jovem garantiu que, posteriormente, transferiu a verba para uma investidora, mas não há comprovação desta transação. A aluna afirmou, ainda, que foi vítima de um golpe desta tal empresa, que teria sumido com a quantia.

No total, 110 pessoas foram lesadas com o golpe aplicado pela estudante. Em mensagem a um grupo da comissão de formatura, a jovem pediu desculpas pelo ocorrido, se explicou e disse estar sentindo “toda dor, culpa e arrependimento que vocês podem imaginar”.

Entenda quem é Alicia Dudy Muller

Tentativas frustradas de entrada na faculdade

Para entrar na FMUSP, Alicia estudou por muitos anos e teve de lidar com três tentativas frustradas, de acordo com informações do portal UOL. Ela terminou o ensino médio em 2014 em uma escola estadual no Ipiranga, em São Paulo.

Foram quatro anos prestando vestibular na tentativa de entrar no curso de Medicina, objetivo alcançado somente no último. Antes, ela chegou a ser aprovada em um curso técnico, mas seguiu perseguindo seu sonho.

Objetivo é se tornar cirurgiã

De acordo com a própria estudante, em depoimento ao Jornal da USP, a insistência se deu pelo objetivo de se tornar cirurgiã. Ela explicou que a necessidade de sensibilidade para lidar com pacientes a atraiu.

“Ainda não tenho muita noção de em que área da cirurgia eu me especializaria, se seria uma neuro ou uma onco. Essas duas são as que mais me atraem, porque ainda há muito o que pesquisar”, disse em 2018.

Publicações sobre Covid-19
Ao longo de seus cinco anos na USP, Alicia realizou publicações sobre a Covid-19, entre elas, sobre intubação de pacientes e outros tratamentos destinados a pacientes com doença.

Calote em lotérica

Alicia já era investigada por estelionato e lavagem de dinheiro após um calote dado em uma casa lotérica no bairro de Vila Mariana, também em São Paulo. Na ocasião, ela deu prejuízo de R$ 192,9 mil aos proprietários.

Em abril de 2022, a jovem procurou a tal casa e realizou apostas no valor de quase R$ 20 mil, todas pagas via PIX. Daí em diante, ela passou a fazer várias apostas de alto valor, com custo total de R$ 461 mil.Três meses depois, Alicia foi novamente ao local e solicitou R$ 891,5 mil em apostas. Questionada sobre o pagamento, ela afirmou que fez um agendamento.

Após insistência da funcionária, a estudante realizou transferência de R$ 891,53, na tentativa de enganá-la. Uma discussão teve início, e Alicia fugiu do local com cinco apostas de R$ 38,7 mil cada, totalizando R$ 193,8 mil.

Auxílio Emergencial

Alicia recebeu cinco parcelas do Auxílio Emergencial durante a pandemia, entre junho e novembro de 2020, totalizando R$ 3 mil ganhos do governo. O valor nunca foi devolvido.

Ela pode ser presa?

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a jovem é investigada por apropriação indébita. Ao portal g1, a pasta explicou que Alicia pode ser presa se houver um pedido feito pela polícia à Justiça. Contudo, não há informações se esse pedido já foi feito.  Yahoo.

Pilantra.

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