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* Petrobrás: Após Jean Paul descartar intervenção nos preços dos combustíveis, Ibovespa sobe.

 O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera em alta nesta quarta-feira (4), com o mercado de olho nas sinalizações do novo governo, e após o indicado do governo para a presidência da estatal, Jean Paul Prates, descartou intervenção direta no mercado para conter o preço dos combustíveis.

Às 15h29, o Ibovespa subia 1,20%, a 105.413 pontos. 

Perto do mesmo horário, as ações da Petrobras subiam cerca de 2,3%.

No dia anterior, o indicador caiu 2,08%, a 104.166 pontos. Com o resultado, o Ibovespa acumula queda de 5,07% nos dois primeiros dias do ano.

O que está mexendo com os mercados?

Os investidores reagiram bem à fala de Prates durante a posse de Geraldo Alckmin no Ministério da Indústria.

Questionado sobre a política de preços da Petrobras, ele afirmou que não haverá intervenção.

“A Petrobras não faz intervenção em preços, ela cumpre o que o mercado e o governo criam de contexto. É um contexto. A Petrobras reage a um contexto. A gente vai criar a nossa política de preço para os nossos clientes, para as pessoas que compram da Petrobras”, disse.

Ele apontou, no entanto, que os preços terão que refletir “o fato de a gente produzir no Brasil”. Assim, o preço local seguirá vinculado ao preço internacional, mas a paridade internacional de preços deverá ser abandonada.

Os investidores repercutem também declaração feita pelo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, de que pretende discutir a “antirreforma” da Previdência, em referência às regras aprovadas em 2019 – o que já foi negado pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa.

Os investidores permanecem de olho nas sinalizações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Na segunda-feira, ele afirmou que buscará uma “harmonização” entre a política fiscal (contas públicas) e monetária (definição de juros pelo Banco Central).

Haddad também afirmou que o Ministério da Economia enviará, no primeiro semestre, proposta de uma nova âncora fiscal para as contas públicas, substituindo o teto de gastos.

Na terça, o secretário-executivo do ministério, Gabriel Galípolo, disse à GloboNews que Haddad deve encaminhar ao presidente Lula até a próxima semana o que chamou de “plano de voo” para reduzir o déficit deste ano.

Entre as declarações e ações do novo governo que repercutiram de forma negativa nos últimos dias está a menção de Lula ao teto de gastos em seu discurso de posse — o presidente chamou o mecanismo de “estupidez” e disse que ele seria revogado.

Já o anúncio da prorrogação da isenção de impostos federais sobre os combustíveis e a determinação do presidente de revogar os processos de privatização de oito estatais, entre elas os Correios, também foram mal recebidos pelo mercado. Portal 98FM

Prates.

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