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* Tio diz que Pedrinho Matador visitava a família quando foi assassinado: 'Só escutamos os tiros'.

 O tio de Pedrinho Matador, morto a tiros na manhã deste domingo (5), em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, disse que o sobrinho visitava a família quando foi assassinado.

José Roberto de Andrade contou que estava dentro de casa quando ouviu os disparos. “Eu tava tomando café, só escutamos tiro. Saí no portão e vi o povo correndo pra cá. Aí falaram que era ele”.

“Ele veio aí com a sobrinhada aí, fica aí o dia inteiro, almoça aí, depois vai embora. [Morava] na praia, vinha pra cá. Ele tava na casa da irmã dele, minha sobrinha. Ela ficou de fazer um almoço pra ele hoje, porque vinha pra cá. Veio pra cá pra acontecer isso".

A dona de casa Arlete Aparecida da Silva, prima de Pedrinho, também estava na parte interna do imóvel, localizada no bairro Ponte Grande, em Mogi. Ela explicou que, como de costume, ele estava sentado em uma cadeira na calçada em frente à casa no momento dos disparos.

“Eu vi a turma gritando ‘mataram o Pedrinho lá na rua’. Daí eu saí correndo aqui e ele tava já caído no chão. Ele tava sentadinho aqui, ele chega e já fica sentadinho naquela cadeira ali. Ele fica sentadinho ali. Diz que é um carro preto, chegou, passou aqui três vezes, acho que viu que não tinha mais ninguém, tava só minha sobrinha e a criança. Passou aí e deu tiro nele”.

Arlete também afirmou que ficou desconsolada com a morte de Pedrinho. “Já tinha pagado a pena, pegou muitos anos de prisão, já pagou. Saiu, ficou em liberdade, mas daí tava sossegado. Quando tá sossegado, acontece essa coisa”, disse a prima.

O caso

O assassino em série conhecido como Pedrinho Matador foi assassinado na manhã deste domingo (5), em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo. A informação foi confirmada pela Polícia Militar e pela Polícia Civil.

Pedro Rodrigues Filho, de 68 anos, já havia sido condenado por dezenas de assassinatos.

Segundo a polícia, Pedrinho Matador foi encontrado por volta das 10h no bairro Ponte Grande. De acordo com a tia do assassino em sério, ele estava na calçada com uma criança de colo, quando um carro preto passou atirando. A criança não foi atingida.

Em seguida, a PM foi acionada para a ocorrência e souberam que o carro preto tinha sido abandonado. Então, começaram as buscas desse veículo, encontrado posteriormente.

Pedrinho Matador já estava morto quando a polícia chegou ao local. A perícia concluiu os trabalhos e o corpo foi retirado do local. Neste momento, policiais militares estão no local onde o carro utilizado no crime foi abandonado. Ninguém foi preso.

Em nota, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) disse que a Polícia Civil investiga o homicídio de um homem, de 68 anos, na manhã deste domingo (05) em Mogi das Cruzes.

PMs foram chamados para atender a ocorrência na rua José Rodrigues da Costa. A vítima foi atingida por disparos de arma de fogo e os suspeitos fugiram logo após o crime.

A SSP informou ainda que o caso está sendo registrado como homicídio qualificado e localização/ apreensão de veículo na Central de Flagrantes de Mogi das Cruzes.

A primeira vítima de Pedrinho Matador foi o prefeito de Santa Rita do Sapucaí, cidade localizada no Sul de Minas Gerais, após seu pai ser demitido da prefeitura, segundo ele, “sem direito a nada”.

O assassino de sua mulher foi o segundo homicídio praticado por Pedrinho: “Estou fazendo um bem para a sociedade, limpando o mundo de covardes”, disse ele, que é a favor da pena de morte.

Em 1996, em entrevista exclusiva exibida no Fantástico, três anos antes de ser libertado e confessar que iria continuar a matar quando saísse da prisão, Pedrinho disse que matava por prazer e vingança. g1








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