-

* TSE torna Bolsonaro e Braga Netto inelegíveis por 8 anos.

 Por maioria, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condenou nesta terça-feira, 31, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o general Walter Braga Netto, ex-candidato a vice-presidente na chapa, pelo uso eleitoral das comemorações do Bicentenário da Independência, em 7 de setembro do ano passado. Essa é a segunda condenação de Bolsonaro na corte eleitoral.

A decisão estabelece a inelegibilidade de Walter Braga Netto até 2030, frustrando seus planos políticos para as eleições de 2024. Além disso, tanto Bolsonaro quanto Braga Netto foram multados em R$ 425 mil e R$ 212 mil, respectivamente. A defesa pode apelar ao TSE contra a condenação e, em último caso, ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A sessão de hoje retomou com os votos dos ministros André Ramos Tavares e Cármen Lúcia, que defenderam a condenação de Bolsonaro e Braga Netto à inelegibilidade. Ambos seguiram a posição apresentada por Floriano de Azevedo Marques na semana passada.

O ministro Nunes Marques optou por seguir a divergência proposta por Raul Araújo, defendendo apenas a aplicação de uma multa de R$ 20 mil à chapa.

O julgamento foi encerrado com o voto do presidente do TSE, Alexandre de Moraes, que votou pela inelegibilidade de Bolsonaro e Braga Netto. Moraes mencionou o empresário Luciano Hang, que vestia um terno “verde-periquito”, e o desfile de tratores durante o evento cívico como indícios de uma “fusão” entre as celebrações da Independência e a campanha de Bolsonaro.

Moraes também destacou que Bolsonaro convocou seus apoiadores para o 7 de Setembro desde a convenção eleitoral, tornando evidente a intenção premeditada para a conduta ilegal.

O ministro enfatizou que o Bicentenário serviu como plataforma para discutir diversos temas, desde o preço da gasolina até o lançamento do Pix, passando pelo Fies e o aumento do Auxílio Brasil, o que, em sua visão, caracteriza claramente uma campanha eleitoral.

Em seu voto, André Ramos Tavares ressaltou o que considerou um “aproveitamento parasitário” da campanha de Bolsonaro nas celebrações do 7 de Setembro, considerando “ingênuo” alegar que eram eventos distintos, como argumentou a defesa do ex-presidente.

Cármen Lúcia também seguiu a ala favorável à condenação de Bolsonaro, afirmando que houve uma “captura” da data comemorativa, um evento nacional, por um ato de campanha destinado aos apoiadores de Bolsonaro.

Se ferraram seu moço!

Postagens Relacionadas

Proxima
« Anterior
Anterior
Proxima »