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* “Musa do Crime” usa os filhos para tentar prisão domiciliar; Justiça nega.

 O desembargador Paulo da Cunha, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, negou pedido de habeas corpus da defesa de Ingridy Polliana Santos Pereira, 24 anos, que solicitou a conversão da prisão preventiva em domiciliar, alegando que ela tem filhos menores de 12 anos e precisaria cuidar deles.

Conhecida como “Musa do Crime”, a criminosa foi presa noo dia 1º de janeiro, enquanto o namorado tentava furtar carros no Parque das Águas, em Cuiabá. Na audiência de custódia, o juiz Wladymir Perri esclareceu que a prisão de Ingridy não foi pelo flagrante do furto, mas sim pela existência de um mandado de prisão em seu nome, decorrente da Operação Turismo Seguro, da Polícia Civil.

Se baseando no benefício concedido a irmã de Ingridy, Islayne Raysa Santos Pereira, alvo da mesma operação, a defesa da criminosa alegou que a prisão domiciliar seria necessária para que ela pudesse cuidar dos dois filhos menores de idade.

No entanto, o desembargador entendeu que a situação de Ingridy e Islayne diferem, uma vez que a Musa do Crime” permaneceu foragida por mais de dois meses, sendo presa novamente em flagrante (posteriormente relaxado), por suposto envolvimento em novos crimes patrimoniais.”

A decisão aponta ainda que a defesa de Ingrid não relacionou nenhuma prova de que ela seja imprescindível no cuidado dos filhos.

“De mais a mais, não foi colacionada prova de que a paciente seja pessoa imprescindível aos cuidados da criança, além do mais, frisou o Magistrado singular que “considerando que a representada encontra-se foragida, a prisão domiciliar, que não tem os rigores da cadeia/penitenciária não será suficiente para a aplicação da lei penal, logo, o pedido não comporta deferimento.” de forma que, indevida, por ora, a substituição da prisão preventiva pela prisão domiciliar”, citou o desembargador.

Operação Turismo Seguro

Ingridy era procurada pelas autoridades desde 14 de novembro de 2023, quando foi deflagrada a operação Turismo Seguro. Ela e a irmã são acusadas de integrarem uma associação criminosa envolvida em furtos ocorridos em pontos turísticos do Estado.

A Polícia Civil estimou que o prejuízo causado pelas irmãs com o furto de objetos pessoais de turistas pode ser superior a R$ 100 mil.

De acordo com o delegado responsável pelo caso Rogério Gomes, o valor do prejuízo pode ser maior, já que a polícia também apura o envolvimento delas em outros furtos com o mesmo “modus operandi”.

Um dos atos criminosos ocorreu no dia 3 de setembro, em Nobres, quando os investigados aproveitaram que as vítimas realizavam passeio turístico, parra arrombar os veículos que estavam no estacionamento e furtar pertences como joias, celulares, documentos, equipamentos eletrônicos, entre outros objetos de valor.

Segue na cadeia.

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