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* Ramagem confirma que obedecia ordens de Bolsonaro.

 O maior temor de Jair Bolsonaro (PL) está prestes a acontecer e o ex-presidente deve se tornar alvo da investigação da Polícia Federal (PF) sobre a chamada "Abin paralela" instalada em seu governo para monitorar ilegalmente adversários políticos e obter informações privilegiadas a seu clã.

Em declaração à coluna de Andréia Sadi, no portal G1, da Globo, o ex-diretor da Agência Brasileira de Informação (Abin), Alexandre Ramagem (PL-RJ) confirmou que recebia ordens diretas de Bolsonaro, embora fosse subordinado ao então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno.

Indagado sobre  relação com Bolsonaro, Ramagem disse que despachava diretamente com o ex-presidente "com Heleno, na maioria das vezes, mas às vezes sem Heleno".

Ele teria reiterado ainda que tinha contato diário com Heleno, que "era meu superior hierárquico", mas que mantinha relação direta com Bolsonaro.

A declaração segue a trilha que a investigação da PF quer chegar, de que a Abin paralela funcionava diretamente sobre ordens de Bolsonaro.

Por esse motivo, os investigadores teriam decidido ouvir Heleno em depoimento. A interlocutores, o ex-ministro já teria adiantado que deve dizer aos agente que Ramagem despachava diretamente com Bolsonaro, embora fosse seu subordinado.

Com a declaração de Ramagem implicando o ex-presidente, Bolsonaro deve virar alvo da investigação da PF, que cumpriu mandado de busca e apreensão contra o filho "02", Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).

A investigação ainda deve atingir o próprio Flávio e Jair Renan, que são citados pela PF como favorecidos pela arapongagem ilegal promovido pelos subordinados de Ramagem.

Tudo dentro do esperado.
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