O
deputado que ameaçou resolver “na bala” a derrota de Jair
Bolsonaro (PL) nas urnas acabou cassado pelo Tribunal Superior
Eleitoral (TSE). Ex-deputado estadual e atual suplente de deputado
federal, o Delegado Cavalcante (PL) teve a cassação confirmada nesta
quinta-feira (14/3), seguindo decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará
(TRE-CE). O político do Partido Liberal está inelegível por oito anos.
No 7 de Setembro de 2022, Francisco de Assis Cavalcante
Nogueira, conhecido como Delegado Cavalcante, fez ameaças com referência
ao uso de armas caso o então presidente Bolsonaro (PL) não vencesse as
eleições presidenciais. “Se a gente não ganhar nas urnas, se eles roubarem nas
urnas, nós vamos ganhar na bala, na bala”, afirmou, em discurso na Praça
Portugal (CE).
O TSE cassou Cavalcante
por 6 votos a 1 por abuso de poder político, de autoridade e de comunicação.
Presidente do TSE, o ministro Alexandre de Moraes classificou o discurso como
criminoso, antidemocrático e golpista, e fez relação com os presos de 8 de Janeiro.
“Essas pessoas se
escondem, ou tentam se esconder depois, na imunidade parlamentar, enquanto
aqueles que foram instigados por eles estão com penas de 12 a 17 anos. Aqui,
como bem salientou o ministro vistor, estão presentes todos os elementos do
golpe. Ele instigou a desobediência contra a Justiça Eleitoral”, alegou Moraes.
O ministro Antonio Carlos
Ferreira também viu gravidade suficiente para cassação nas falas do deputado.
Segundo ele, as declarações do parlamentar ameaçaram o processo eleitoral,
instigaram a desobediência coletiva e questionaram a legitimidade das eleições,
estimulando “processos violentos para subverter o regime democrático”. Ficou
vencido o relator do recurso, o ministro Raul Araújo.
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