Ao apresentar a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outra, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, destacou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha conhecimento do plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Trecho do
documento, protocolado na noite desta terça-feira (18/2), aponta que
o plano foi "arquitetado e levado ao conhecimento do Presidente da
República, que a ele anuiu, ao tempo em que era divulgado relatório em que o
Ministério da Defesa se via na contingência de reconhecer a inexistência de
detecção de fraude nas eleições", diz trecho.
"O plano se desdobrava em
minuciosas atividades, requintadas nas suas virtualidades perniciosas. Tinha no
Supremo Tribunal Federal o alvo a ser 'neutralizado'", completa o
trecho.
De acordo com o documento,
a trama golpista também tinha “episódios assombrosos”. “A execução de atos
de essência golpista, e, portanto, criminosos desde logo, também se estampa em
outro conjunto de episódios assombrosos desvendados no inquérito policial. As
investigações revelaram aterradora operação de execução do golpe, em que se
admitia até mesmo a morte do presidente da República e do vice-presidente da
República eleitos, bem como a de ministro do Supremo Tribunal Federal”, diz
trecho do documento.
Na investigação, agentes da PF recuperaram arquivos deletados no computador do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, com detalhes sobre o plano “Punhal Verde e Amarelo”. A trama golpista previa reverter o resultado das eleições de 2022.
Gonet destacou que o grupo investigado fez uma espécie de “tocaia” para os alvos.
“Os membros da organização criminosa estruturaram, no âmbito do Palácio do Planalto, plano de ataque às instituições, com vistas à derrocada do sistema de funcionamento dos Poderes e da ordem democrática, que recebeu o sinistro nome de ‘Punhal Verde Amarelo’. O plano foi arquitetado e levado ao conhecimento do presidente da República, que a ele anuiu, ao tempo em que era divulgado relatório em que o Ministério da Defesa se via na contingência de reconhecer a inexistência de detecção de fraude nas eleições”, ressaltou.
Segundo a investigação, os denunciados cogitavam o uso de armas bélicas contra o Alexandre de Moraes e a morte de Lula por envenenamento.
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