-

* PGR denuncia ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.

O relatório da Procuradoria-Geral da República (PGR), enviado nesta terça-feira (18) ao Supremo Tribunal Federal (STF), apresenta uma lista de 34 pessoas denunciadas pela Polícia Federal por envolvimento na trama golpista que resultou nos atos de 8 de janeiro.

Além do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), outros sete nomes foram apontados pela Polícia Federal (PF) como participantes do núcleo duro da trama golpista que resultou nos atos de 8 de janeiro.

O relatório da PGR denuncia Bolsonaro por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa armada, dano qualificado e grave ameaça contra o patrimônio da União, Deterioração de patrimônio tombado.

As denúncias contra os 34 investigados foram divididas em cinco peças, com o objetivo de otimizar o andamento dos processos.

Agora, a denúncia será analisada pelo STF. Caso seja aceita, o ex-presidente se tornará réu e passará a responder a um processo penal no tribunal.

Além de Bolsonaro, outros nomes apontados pela Polícia Federal (PF) como líderes na trama golpista foram denunciados. Veja a lista:

  • Alexandre Rodrigues Ramagem
  • Almir Garnier Santos
  • Anderson Gustavo Torres
  • Augusto Heleno Ribeiro Pereira
  • Mauro César Barbosa Cid
  • Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira
  • Walter Souza Braga Netto

De acordo com o relatório, “todos estavam cientes do plano maior da organização e da eficácia de suas ações para a promoção de instabilidade social e consumação da ruptura institucional”.

Veja a lista com os outros acusados:

  • Silvinei Vasques
  • Marília Ferreira de Alencar
  • Fernando de Sousa Oliveira
  • Mario Fernandes
  • Marcelo Costa Câmara
  • Filipe Garcia Martins Pereira
  • Estevam Cals Theophilo Gaspar De Oliveira
  • Hélio Ferreira Lima
  • Rafael Martins De Oliveira
  • Rodrigo Bezerra de Azevedo
  • Wladimir Matos Soares
  • Bernardo Romão Correa Netto
  • Cleverson Ney Magalhães
  • Fabrício Moreira de Bastos
  • Márcio Nunes De Resende Júnior
  • Nilton Diniz Rodrigues
  • Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros
  • Ronald Ferreira de Araujo Junior
  • Ailton Gonçalves Moraes Barros
  • Angelo Martins Denicoli
  • Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho
  • Reginaldo Vieira de Abreu
  • Carlos Cesar Moretzsohn Rocha
  • Giancarlo Gomes Rodrigues
  • Marcelo Araújo Bormevet
  • Guilherme Marques De Almeida

Relembre o indiciamento

O ex-presidente foi indiciado em novembro do ano passado pela PF junto com aliados. A tentativa de golpe teria sido tramada em 2022, para evitar a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente da República após sua vitória contra Bolsonaro nas urnas em novembro daquele ano.

A PF indicou que os envolvidos atuaram divididos por tarefas, permitindo a individualização das condutas. Foram apontados pelo menos seis núcleos: o de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral; o Responsável por Incitar Militares a Aderirem ao Golpe de Estado; o Jurídico; o Operacional de Apoio às Ações Golpistas; o de Inteligência Paralela e o Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas.

Além de Bolsonaro, a PF indiciou o general da reserva do Exército Walter Braga Netto, que chefiava a Casa Civil; o general da reserva Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); e Valdemar Costa Neto, presidente do PL; e mais 32 nomes.

Próximos passos

No Supremo, caso haja rejeição da denúncia, o inquérito é arquivado. Mas, se os ministros aceitarem a denúncia, Bolsonaro se torna réu e o processo penal tem início. Essa decisão pode ser tomada pelo plenário do STF, com os 11 ministros, ou pela Primeira Turma da Corte, presidida por Alexandre de Moraes, que também é relator do caso. Além de Moraes, compõem o colegiado Cármen Lúcia, Luiz Fux, Cristiano Zanin e Flávio Dino.

Com o aceite da denúncia, os ministros ouvem a acusação e a defesa do ex-presidente. Depois, na etapa da instrução penal, são ouvidas as testemunhas, os peritos e os réus. Por último, as partes de defesa e acusação voltam para fazer as alegações finais. Somente após esta etapa é que os ministros decidem pela condenação ou absolvição.

Vai pra cadeia.

Proxima
« Anterior
Anterior
Proxima »