Na tarde desta Quinta (29), por volta das 17h, a Polícia Militar do Rio Grande do Norte realizou a prisão em flagrante de um homem de 59 anos no assentamento Laje do Meio, zona rural de Apodi, por maus-tratos a animais e posse irregular de arma de fogo. A ação foi desencadeada após uma denúncia anônima recebida pelo Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), que informou sobre a matança de cachorros na região.
Uma equipe do Grupo Tático Operacional (GTO) se deslocou ao local e confirmou a veracidade da denúncia, surpreendendo o suspeito ainda em flagrante. Com ele, os policiais apreenderam uma espingarda calibre 36 e três munições, ambas sem registro legal. Questionado, o homem justificou que matava os cachorros por considerar que eles atacavam e matavam suas ovelhas, mas a prática configura crime de maus-tratos, conforme a Lei Federal 9.605/1998.
O suspeito foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil de Apodi, onde foi autuado em flagrante pelos crimes de maus-tratos a animais, com pena de reclusão de dois a cinco anos para casos envolvendo cães, e posse irregular de arma de fogo de uso permitido, que prevê detenção de um a três anos. Devido à gravidade do crime de maus-tratos, não houve arbitramento de fiança, e o homem permanece detido à disposição da Justiça.
A operação destaca a importância das denúncias anônimas, que permitiram a rápida intervenção da PM. A Lei Sansão, sancionada em 2020, agravou as penas para maus-tratos contra cães e gatos, possibilitando prisões em flagrante, como neste caso. A posse irregular da espingarda também reforça a necessidade de fiscalização de armas em áreas rurais, onde conflitos entre criadores e animais podem escalar.
Moradores do assentamento Laje do Meio expressaram alívio com a prisão, mas o caso gerou debates sobre a convivência entre criadores de ovinos e cães na região. A Polícia Civil investigará se outros animais foram mortos pelo suspeito e se há histórico de conflitos semelhantes. A PM orienta que situações de risco a animais sejam denunciadas pelo 181, evitando ações ilegais por parte de moradores.
O Corpo de Bombeiros e organizações de proteção animal podem ser acionados para lidar com casos de animais soltos ou agressivos, oferecendo alternativas seguras à população. A prisão em Apodi reforça o compromisso das forças de segurança com a proteção animal e o cumprimento da lei, enquanto a comunidade é incentivada a buscar soluções pacíficas para conflitos rurais. Rallyson Nunes
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