A recente discussão pública
entre as influenciadoras Antonela Braga e Duda Guerra, envolvendo o perfil
secreto de Benício Huck, trouxe à tona um fenômeno digital que tem se
popularizado entre os jovens da Geração Z: os perfis paralelos no Instagram.
Termos como Dix e Daily podem parecer
desconhecidos para gerações mais velhas, mas fazem parte de um novo ecossistema
digital em que os adolescentes controlam com mais precisão o que mostram — e
para quem mostram — nas redes sociais.
O Dix (lê-se
“díxis”) é um perfil alternativo, quase sempre privado, criado para
compartilhar conteúdos mais íntimos, espontâneos e sem filtro. A ideia é manter
esse espaço reservado a um grupo seleto de amigos próximos, deixando de fora
familiares, colegas de trabalho ou seguidores em geral. Surgido por volta de
2016, o Dix virou um “refúgio” digital em que os jovens se expressam com mais
liberdade e autenticidade, sem a pressão do julgamento público que ronda as
contas principais.
Já o Daily tem
um caráter oposto: não serve para esconder, mas para mostrar — de forma casual
e despretensiosa. Usado principalmente por meninas entre 14 e 18 anos, ele
funciona como um diário público, onde se compartilham desde pensamentos
cotidianos até registros da rotina, estudos ou cuidados pessoais. Com fotos
borradas, vídeos sem edição e legendas espontâneas, o Daily reflete uma nova
estética digital, mais sobre presença do que performance. Juntos, esses perfis
representam um novo jeito da Geração Z de habitar o mundo virtual: segmentado,
controlado e, acima de tudo, autêntico.
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