A Operação Jackpot prendeu três pessoas nesta quarta-feira (28). Uma delas foi Kannanda Camila, influenciadora que divulga nas redes sociais o estilo de vida fitness, com vídeos sobre a rotina de treinos, viagens para resorts, lagoas, além de passeios internacionais para Dubai, Chile e Tailândia. Uma vida confortável, porém bancada pelo prejuízo alheio.
Segundo as investigações da Polícia Civil, Kannanda faz parte de uma associação criminosa voltada para a divulgação e exploração do famigerado “Jogo do Tigrinho”. Para além disso, ela viralizou na internet por xingar nordestinos após o resultado das eleições presidenciais.
Além de Kannanda, a irmã dela e um barbeiro ficaram presos. “Conseguimos identificar três pessoas, sendo uma delas uma influenciada digital responsável por fazer a divulgação do jogo do tigrinho; uma familiar dela que era responsável por fazer a administração e a manutenção do grupo onde as pessoas postavam; e terceiro, um homem, que fez a parte financeira do esquema violações que era responsável por fazer a lavagem de dinheiro”, detalhou o delegado Luiz Octávio.
A justiça determinou o sequestro de aproximadamente R$ 5 milhões em contas e bens dos envolvidos, além da apreensão de três veículos de luxo – um Ram Rampage, um Jeep Compass e um Hyundai Creta, adquiridos por Kannanda em outubro. Nos endereços dos investigados, foram coletados mais de 150 perfumes importados, relógios de alto valor, bolsas de grife, joias e dinheiro nacional e estrangeiro.
"Um padrão de vida de luxo que era totalmente incompatível com a renda declarada. Estamos falando de um padrão de vida milionário, em que os investigados constantemente usufruíam de viagens de alto padrão, não havia momento das buscas, só na casa de uma das investigadas 95 perfumes de luxo", apontou o delegado.
A Operação Jackpot teve o objetivo de reprimir a exploração de jogos de azar e fraudes associadas a esse tipo de prática, especialmente aquelas promovidas nas redes sociais com falsas promessas de lucros simples e constantes.
A divulgação de qualquer prática, promoção publicitária, de qualquer prática que possa induzir o consumidor a adotar uma postura que seja prejudicial à sua saúde é crime. No caso do tigrinho, estamos falando de uma questão de saúde pública, a ludopadia, que é o vício compulsório em jogo", acrescentou o investigador.
Tanto Kannanda, quanto a irmã dela e o barbeiro responsável por lavar o dinheiro dentro da operação criminosa, responderão a diversos crimes. As investigações ainda continuam. “Contravenção penal de divulgação de jogos de azar, os crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro, indução, especulação e promoção de publicidade de fato que é capaz de induzir o consumidor a se portar de maneira prejudicial à sua saúde”, completou.
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