O ex-ministro da Educação
Abraham Weintraub, que comandou a pasta no governo Jair
Bolsonaro, reagiu com irritação nesta quarta-feira (11) a declarações dadas
pelo ex-presidente na véspera, durante o interrogatório no Supremo Tribunal
Federal (STF).
“Eu fui muito OTÁRIO!!!!!”,
escreveu Weintraub em uma rede social.
Na postagem, Weintraub compartilhou o trecho em que Bolsonaro, ao ser interrogado pela Primeira Turma do STF no inquérito da trama golpista, chamou de “malucos” os brasileiros que pedem intervenção militar.
Em outro post, o ex-ministro da
Educação também criticou o fato de Bolsonaro ter pedido desculpas ao
ministro Alexandre de Moraes durante o depoimento.
“Eu NUNCA pedi desculpas a
eles! Eu NUNCA neguei o que falei deles!”, disse Weintraub, compartilhando o
print de uma outra reportagem sobre o assunto.
Abraham Weintraub é um economista
e ex-professor, que chefiou a pasta da Educação entre 2019 e 2020.
Ex-ministro de Bolsonaro comenta
trechos de depoimento ao STF — Foto: Reprodução
Interrogatório no Supremo
Bolsonaro deu a declaração
durante interrogatório na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF),
nessa terça-feira (10). Ele foi o sexto réu a prestar depoimento no processo
penal sobre tentativa de golpe de Estado.
Questionado pela
Procuradoria-Geral da República, o ex-presidente negou ter incentivado qualquer
movimentação antidemocrática em 8 de janeiro de 2023, e afirmou que, mesmo
sem aval dele, existem
“malucos” que pedem por um novo AI-5, uma intervenção militar no país.
O AI-5 (Ato Institucional nº
5) foi um decreto promulgado em 13 de dezembro de 1968 durante a ditadura
militar no Brasil, considerado o ato mais duro e que recrudesceu os atos de
repressão política, já em vigor durante a ditadura militar (1964-1985).
“Tem os malucos que ficam com
essa ideia de AI-5, de intervenção militar das Forças Armadas… que os chefes
das Forças Armadas jamais iam embarcar nessa só porque o pessoal estava pedindo
ali”, afirmou o ex-presidente”.
“Nós repudiamos tudo isso aí. Com
todo respeito, doutor Paulo Gonet, não procede que eu colaborei com o 8 de
janeiro. Não tem nada meu ali, estimulando aquela baderna que nós repudiamos”,
afirmou o ex-presidente.
Durante manifestações a favor do ex-presidente após o resultado das urnas, brasileiros foram às ruas com faixas pedindo por intervenção militar com Bolsonaro à frente do governo. g1
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