Vamos falar de fantasia? Não
aquelas com dragões, espadas e elfos de orelha pontuda (apesar de que, vai
saber, né?). Hoje o papo é sobre uma fantasia que vem ganhando cada vez mais
espaço — nos casais modernos, nas conversas picantes e, claro, nas listas de
vídeos mais assistidos da internet: hotwife e cuckold.
Já ouviu falar? Não? Então segura
essa xícara de café, porque o texto vai esquentar.
Resumidamente, mas com todo o
glamour que o tema merece hotwife é aquela esposa (ou parceira) que vive a
fantasia de se relacionar sexualmente com outros homens, com o total
consentimento (e geralmente o estímulo!) do parceiro. Já cuckold, que tem esse
nome esquisito que parece nome de remédio para dor de ouvido, é o parceiro que
sente prazer justamente em assistir, saber ou imaginar a parceira com outro,
uma espécie de voyer mas de forma bem particular.
Chocados? Curiosos? Excitados?
Tudo junto? Normal!
Hotwife: a estrela do
show
Na fantasia, a hotwife é a musa.
Ela se arruma, escolhe a lingerie mais ousada, coloca salto alto (ou tênis
confortável, porque até na fantasia tem gente com fascínio por conforto) e sai
para viver suas aventuras. Mas nada é escondido: o parceiro sabe, aprova,
incentiva e em alguns casos ajuda até a escolher os “atores” e, na maioria das
vezes, participa ativamente da cena (nem que seja assistindo de camarote com
uma taça de vinho na mão e um sorrisinho de aprovação).
Ela é a protagonista. A estrela.
A Beyoncé do próprio show.
Cuckold: o parceiro que não
tem ciúmes, tem tesão
Agora, vamos descomplicar o papel
do cuckold: não se trata de alguém “submisso” no sentido tradicional (a não ser
que o casal curta isso também). Ele sente prazer ao ver sua parceira desejada
por outros, ao saber que ela é tão atraente que outros homens a querem — e que
ela escolhe compartilhar isso com ele.
O que pode parecer estranho à
primeira vista (e à segunda também, pra muita gente), faz sentido para quem
entende que fantasia sexual não precisa seguir o roteiro tradicional de conto
de fadas com final moralista.
Mas por que alguém gostaria
disso, Regina?
Ah, meu bem, por vários motivos:
Liberdade e confiança: esse tipo
de fantasia só funciona com muuuito diálogo, respeito e confiança. O casal que
brinca com isso já passou da fase do “com quem você estava falando?”.
Excitação pelo proibido: o
simples fato de quebrar um tabu já é afrodisíaco. Saber que a parceira está com
outro homem e, mesmo assim, voltar para casa e contar tudo em detalhes? Tem
gente que acha isso o ápice da conexão sexual.
Inversão de papéis: Ah! Amigo,
amiga… Um dia o jogo muda! Enquanto o mundo sempre colocou o homem como o
“pegador”, aqui ele entrega o controle. E para muitos, isso é
libertador e extremamente excitante.
Tem regras nesse jogo? Claro
que sim!
Apesar do clima de libertinagem
que o tema carrega, o universo hotwife/cuckold é cheio de acordos e sem eles,
tudo desanda. Entre os combinados mais comuns, estão:
– Quem escolhe o “convidado”?
(Spoiler: geralmente, a esposa)
– O parceiro vai assistir,
participar ou apenas ouvir depois?
– Pode rolar envolvimento
emocional ou só físico?
– Como lidar com ciúmes,
inseguranças e DRs pós-sexo?
Ou seja, a fantasia é hot, mas a
base é fria, calculista e cheia de combinados.
E os perigos, tem?
Claro, como qualquer prática fora
do “convencional”, há riscos emocionais. Se alguém está entrando na brincadeira
para agradar o outro, sem real desejo, a conta chega e geralmente com juros.
Por isso, o mantra aqui é:
consentimento, comunicação e conexão. Nada de entrar nessa onda só porque viu
num filme ou ouviu dizer que “todo mundo faz”. Fantasia só é boa quando é
segura, leve e gostosa pros dois (ou três… ou mais, se for o caso).
Mas e o que a vizinha vai pensar?
Provavelmente nada, ou talvez o
mesmo que você: curiosidade, julgamento, vontade escondida. A verdade é que,
nos bastidores da vida sexual dos casais, tem muito mais criatividade do que o
pessoal revela nos almoços de família.
E quer saber? O que importa é o
que vocês pensam. Afinal, a cama é de vocês, o corpo é de vocês, o desejo é de
vocês. O resto… que vá cuidar da própria fantasia (com ou sem espada mágica).
Enfim, vale essa verdade:
Fantasia não tem certo nem errado, tem combinado bem feito (imprescindível).
Hotwife e cuckold não são para
todos. Mas pra quem curte, pode ser uma forma incrível de elevar a intimidade,
a conexão e o fogo no relacionamento. Desde que seja consensual, respeitoso e
dentro dos limites que o casal define, por que não explorar?
No fim das contas, cada casal
escreve seu próprio Kama Sutra. E se na sua versão tem capítulo com plateia,
convidados especiais e roteiro ousado, que seja divertido, excitante e, acima
de tudo, sincero.
Ah! Regina… Mas como se sente de
fato um casal envolvido neste jogo? Vou deixar aqui um link de uma obra
reveladora… E a fantasia foi se realizar no resort paradisíaco… Um casal de
namorados explorando fantasias e fetiches provocantes e deliciosos…
Porque amar e gozar também é uma
arte. E toda arte merece ser explorada com liberdade.
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