O delegado de Apodi, Túlio
Pereira, concluiu o inquérito que investigava a conduta do produtor rural Hildo
Severiano, de 59 anos, preso em maio deste ano após atirar contra cães que
atacavam seu rebanho na Chapada do Apodi.
De acordo com a investigação, o
criador agiu amparado pelo artigo 24 do Código Penal, que prevê o estado de
necessidade, uma vez que buscava proteger seu patrimônio durante o ataque. O
delegado entendeu que não houve abuso ou crueldade contra os animais, afastando
a acusação de maus-tratos prevista na Lei de Crimes Ambientais.
Com isso, Hildo Severiano será
indiciado apenas pelo artigo 12 do Estatuto do Desarmamento, referente à posse
irregular de arma de fogo de uso permitido. O inquérito será enviado ao
Ministério Público, que decidirá sobre o oferecimento da denúncia — a expectativa
é de que a acusação se restrinja à posse irregular de arma.
Repercussão
O caso ganhou grande repercussão
na época. Morador do assentamento Laje do Meio, na divisa de Apodi com o Ceará,
seu Hildo relatou que convivia com ataques de cães há pelo menos dois anos, com
a perda de quase 100 cabeças de cabras.
Na tarde de 29 de maio, ele
presenciou três cães matando e devorando alguns de seus cabritos. Foi até sua
casa, pegou uma espingarda antiga e atirou contra os animais.
Os disparos chamaram a atenção de
pessoas próximas, e ele acabou denunciado por maus-tratos à Polícia Militar,
sendo preso em flagrante. Hildo passou a noite no Centro de Detenção Provisória
(CDP) e foi solto no dia seguinte. Apodi Agora
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