A Assembleia Legislativa do Rio
Grande do Norte (ALRN) vive um momento de intensas movimentações políticas,
marcado pela reorganização das bancadas e pelos cálculos já voltados para as
eleições de 2026. Nos bastidores, um dos protagonistas desse redesenho é o
deputado estadual Ezequiel Ferreira, que atua para alavancar o MDB e
transformá-lo na maior força partidária da Casa.
Hoje, o partido conta apenas com
um representante formal: o deputado Adjuto Dias, que foi proibido de sair pela
justiça. No entanto, o projeto de Ezequiel é ousado. Ele pretende atrair para a
legenda outros nove parlamentares, formando um bloco robusto de dez cadeiras —
o que representaria quase a metade dos 24 assentos da ALRN.
Na lista de possíveis novos
integrantes do MDB, além do próprio Ezequiel, estão nomes de peso como Dr.
Bernardo, Nélter Queiroz, Galeno Torquato, Ubaldo Fernandes, Vivaldo Costa,
Hermano Morais, Kleber Rodrigues e Eudiane Macedo. Caso consiga concretizar
essa meta, o partido passaria a ter uma posição privilegiada nas negociações
políticas e no protagonismo das pautas legislativas.
Enquanto isso, outras legendas
também se movimentam. O Partido Liberal (PL) tende a consolidar-se como a
segunda maior bancada, com seis parlamentares: Gustavo Carvalho, Tomba Farias,
Kerginaldo Jácome, Zé Dias, Coronel Azevedo e Terezinha Maia. O Partido dos
Trabalhadores (PT) vem na sequência, com três representantes: Isolda Dantas,
Divaneide Basílio e Francisco do PT.
Já o União Brasil deve manter
seus dois atuais deputados, Ivanilson e Taveira Júnior, assim como o
Solidariedade, que segue com Luiz Eduardo e Cristiane Dantas. O Progressistas
(PP), por sua vez, permanece com apenas um assento, ocupado por Neílton Diógenes.
Apesar do plano ambicioso, ele é
craque nos bastidores, isso é inegável, mas há quem divide se Ezequiel consegue
reunir dez parlamentares sob o mesmo guarda-chuva partidário. O movimento exige
habilidade política, alinhamento de interesses e, sobretudo, a capacidade de
oferecer aos colegas um projeto de fortalecimento eleitoral consistente.
As articulações fazem parte de um
cenário maior: a corrida pela formação das nominatas para 2026. Pela legislação
atual, cada partido pode registrar até 25 candidatos ao Legislativo estadual,
sendo obrigatoriamente oito deles mulheres. Esse formato exige que as legendas
montem chapas equilibradas, capazes de “fazer esteira” para os atuais deputados
e aumentar as chances de vitória no quociente eleitoral.
O desafio, portanto, não se
limita à filiação de parlamentares. É preciso atrair nomes competitivos, com
base eleitoral sólida, e compor uma estratégia que una interesses individuais e
coletivos. Nos próximos meses, a movimentação promete se intensificar, e a
disputa pela liderança das bancadas na ALRN será um dos capítulos mais
importantes da pré-temporada eleitoral potiguar.
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