O jornalista Rudmar Ramon foi
ameaçado de perseguição judicial para tentar intimidar e evitar as publicações
feitas pelo jornalista.
As ameaças partiram do filho do
Prefeito de Canguaretama, Luís Fernando, atual secretário de finanças, filho do
prefeito Leandro Varela, após as denúncias de ação de cassação das
transferências PIX de caixa 2 na campanha e do jornalista ter divulgado o trator
do PAC em terreno privado de forma irregular.
Conforme dito pelo jornalista, o
profissional registrou um boletim de ocorrência contra as ameaças. O caso
deverá ser investigado.
As denúncias
Conforme apurado por Rudimar
Ramon, uma máquina do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), vinculada ao
Governo Federal, foi utilizada pela gestão municipal de Canguaretama para abrir
vias em área privada, sem o devido licenciamento ambiental.
Segundo denúncias, a ação teria
sido solicitada por supostos invasores que tiveram seus pleitos “atendidos”
pelo filho do Prefeito Leandro Varela, Luiz Fernando, que ocupa a titularidade
da secretaria de Finanças, – O que a execução de serviços rurais tem a ver com
os pagamentos de um município eu também não sei, mas lá estava o Secretário… –
que chegou a ser visto por populares “fiscalizando o serviço” irregular em
flagrante desrespeito a uma ordem judicial liminar que proíbe qualquer
intervenção no local.
As denúncias já foram registradas
junto aos órgãos ambientais competentes, além do MPF, que agora acompanham o
caso. Até o momento, a Prefeitura de Canguaretama não se pronunciou
oficialmente sobre o uso irregular do equipamento.
A outra notícia consiste
em uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) movida contra o prefeito
de Canguaretama, Leandro Varela, o vice-prefeito Erivan de Souza Lima e outras
pessoas ligadas à gestão municipal. A acusação aponta a prática de
abuso de poder econômico e arrecadação ilegal de recursos para a campanha
eleitoral por meio de doações via Pix que não teriam sido declaradas à Justiça
Eleitoral.
Segundo a denúncia, durante a
campanha teriam sido promovidos eventos de grande porte, com trios elétricos,
paredões de som, fornecimento de combustível e outras estruturas, sem que esses
gastos fossem registrados oficialmente na prestação de contas. O documento
apresentado à Justiça Eleitoral indicaria valores muito inferiores ao que,
segundo a coligação, foi efetivamente gasto.
Ainda conforme a acusação, o
dinheiro teria sido enviado por eleitores para a conta de uma suposta empresa
de fachada, utilizando uma chave Pix ligada ao operador financeiro da campanha,
que atualmente ocupa o cargo de secretário no município. A ação sustenta que
houve tentativa de ocultar a origem dos recursos, com participação de pessoas
próximas ao candidato, integrantes de sua equipe de campanha e hoje ocupantes
de funções estratégicas na administração municipal.
A coligação Unidos pelo Trabalho
pede à Justiça Eleitoral a cassação dos mandatos do prefeito e do vice, além da
declaração de inelegibilidade de todos os envolvidos por um período de oito
anos. Também foi solicitada, em caráter liminar (pedido de urgência), a quebra
dos sigilos bancário e fiscal dos acusados, bem como busca e apreensão de
documentos e aparelhos eletrônicos, para comprovar a suposta prática de caixa
dois, termo usado para designar movimentação de recursos sem registro oficial,
e a ocultação de despesas de campanha.
O processo tramita na 11ª Zona
Eleitoral do Rio Grande do Norte, responsável por analisar as provas e decidir
sobre a procedência ou não das acusações.
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