Cresce a percepção entre os
brasileiros de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou do plano de
golpe de Estado, é o que mostra a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta
segunda-feira (25).
São 52% dos entrevistados que
apontam sua participação. Em dezembro de 2024 eram 47% e em março deste ano,
49%.Já para 36% o ex-presidente não esteve envolvido na tentativa de golpe.
No final do ano passado eram 34%
que tinham essa percepção e no último levantamento, 35%.
Outros 2% dizem que não houve
tentativa de golpe. Não sabe ou não respondeu ficou em 10%.
O ministro Cristiano Zanin,
presidente da Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal), marcou para o
dia 2 de setembro o início do julgamento de Bolsonaro e outros sete réus do
núcleo 1 no processo que apura um plano de golpe após as eleições de 2022.
A margem de erro é de dois pontos
percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Foram
entrevistadas 2.004 pessoas pela Quaest, pessoalmente, entre 13 e 17 de agosto.
Na cadeia
A maioria dos brasileiros
considera justa a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL), imposta
pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal: 55% apoiam a
medida, enquanto 39% a consideram injusta.
Questionados se “a prisão
domiciliar de Bolsonaro é justa ou injusta?”, os entrevistados
responderam:
- Justa: 55%;
- Injusta: 39%;
- Não sabe/Não respondeu: 6%.
A pesquisa Quaest foi encomendada
pela Genial Investimentos e ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais entre os
dias 13 e 17 de agosto.
A prisão de Bolsonaro foi
determinada por Moraes no dia 4 de agosto. O ministro alegou que o
ex-presidente descumpriu medidas cautelares impostas junto da tornozeleira
eletrônica, como não poder postar em redes sociais.
Consideram mais justa a
prisão domiciliar de Bolsonaro quem se define esquerda, mas não é lulista
(93%), que declaram voto em Lula no 2º turno de 2022 (84%), moradores do
Nordeste (65%), tem renda familiar até 2 salários mínimos (62%), católicos
(62%), pessoas com 16 a 34 anos (59%), mulheres (58%) e quem tem até o ensino
fundamental completo (56%).
Já a maioria que classifica
a medida como injusta é bolsonaristas (87%), quem declara voto em
Bolsonaro no 2º turno de 2022 (83%) e evangélicos (57%).
Segundo Felipe Nunes, diretor da Quaest, a avaliação de que a prisão domiciliar foi justa vem associada a outro fator: a percepção pública de que Jair Bolsonaro participou de um plano de tentativa de golpe.
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