A administração de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) condenou
a recente ameaça do governo dos Estados Unidos, que falou em usar
o “poder militar” do país ao comentar o julgamento do ex-presidente Jair
Bolsonaro (PL). O posicionamento do Brasil foi divulgado nesta
terça-feira (9/9), pelo Ministério das Relações Exteriores.
“O governo brasileiro condena o
uso de sanções econômicas ou ameaças de uso da força contra a nossa
democracia”, disse o Itamaraty em nota.
A chancelaria do Brasil rebateu
as críticas divulgadas pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, que
justificou o possível uso da força como uma forma de “defender a liberdade de
expressão” pelo mundo. Ele respondia a uma pergunta sobre o julgamento em curso
no Brasil.
“O primeiro passo para proteger a
liberdade de expressão é justamente defender a democracia e respeitar a vontade
popular expressa nas urnas. É esse o dever dos três Poderes da República, que
não se intimidarão por qualquer forma de atentado à nossa soberania”, declarou
a pasta.
Sem citar diretamente o deputado
federal Eduardo
Bolsonaro (PL) ou Jair Bolsonaro (PL), o
Itamaraty ainda repudiou o que classificou como “tentativa de forças
antidemocráticas” de usar governos estrangeiros para “coagir as instituições
nacionais”.
EUA
Desde o início do ano, o parlamentar eleito por São Paulo deixou a Câmara dos Deputados para buscar ajuda do governo dos EUA diante do julgamento do pai. Após articulações de Eduardo, Washington anunciou não só medidas econômicas contra o Brasil, a exemplo da taxa de 50% sobre os produtos do país, como também retaliações contra autoridades brasileiras.
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